Brasil

General que pediu golpe veste pijama elogiando Ustra e Bolsonaro


Hamilton Mourão, que em dezembro do ano passado insinuou a possibilidade de um golpe militar no Brasil, deixou as Forças Armadas nesta quarta-feira (28). A partir de amanhã, ele se despede da Secretaria de Economia e Finanças do Comando do Exército e vai para a reserva.
Em seu discurso de despedida, realizado em uma cerimônia no Salão de Honras do Comando Militar do Exército, Mourão exaltou o coronel Carlos Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI no período da ditadura militar e reconhecido como torturador pela Comissão Nacional da Verdade.
Para o general, Ustra que foi seu comandante, “combateu o terrorismo e a guerrilha, por isso ele é um herói”.
Em entrevista à imprensa, Mourão diz que irá trabalhar na candidatura de Jair Messias Bolsonaro, garantindo que subirá em palanque “se preciso for”. Paralelamente, concorrerá à presidência do Clube Militar do Rio de Janeiro.
Diz também que a intervenção em seu estado deveria assumir o controle não só da Segurança Pública, como da administração de todo o Rio de Janeiro. De acordo com o militar, o general nomeado como interventor, Braga Netto, é um “cachorro acuado”.
“A intervenção no Rio de Janeiro é uma intervenção meia-sola. Vamos lembrar do século 19, houve várias intervenções nas províncias. O interventor era o ‘Caxias’. Assumia o quê? O poder político e o poder militar. O [general interventor] Braga Netto não tem poder político. O Braga Netto é um cachorro acuado, no final das contas. Não vai conseguir resolver o problema dessa forma. E nós só vamos apanhar”, afirmou.

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