Centenas de manifestantes se aglomeraram do lado de fora de uma delegacia policial neste domingo, em Saint Louis, no estado de Missouri, Estados Unidos. Foi o terceiro dia de protestos desde a absolvição de Jason Stockley, um ex-policial branco que deu cinco tiros e matou Anthony Lamar Smith, um jovem negro de 24 anos, em 2011.
No ato, a multidão permaneceu em silêncio por seis minutos, um para cada ano que se passou desde o assassinato.
Assim que saiu o veredito do policial, na sexta-feira, manifestantes se reuniram em questão de minutos e têm organizado marchas diárias.
O policial foi acusado de homicídio pela promotoria, que chamou atenção para um comentário de Stockley a seu colega de trabalho, comprovando a premeditação do ato. A viatura perseguia o carro de Smith, que após colidir com os policiais, fugiu em alta velocidade. Um aparelho de gravação dentro da viatura registrou Stockler dizendo que iria matar o motorista. A promotoria também acusa o policial de ter plantado uma arma dentro do carro de Smith após a perseguição e Smith ter sido morto. O DNA do policial foi encontrado na arma, mas a do motorista não.
De acordo com o jornal The New York Times, a maioria dos protestos têm sido pacíficos, mas houve alguns incidentes violentos. Ao menos 11 agentes de segurança teriam sido feridos e mais de 80 prisões foram feitas, relata a imprensa.
O grupo de rock U2 e o cantor Ed Sheeran cancelaram shows que fariam na cidade e diversas escolas na região tiveram suas atividades no final de semana suspensas.
A região se tornou foco de intenso debate sobre violência policial contra a população negra em 2014, após a morte de Michael Brown, homem negro desarmado que foi morto a tiros pela polícia em Ferguson, pequena cidade nos arredores de St. Louis.
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