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Janot denuncia Temer e todo o seu Estado-Maior

A três dias de entregar o cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no fim da tarde desta quinta-feira (14) uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa.
Outras oito pessoas são alvos da mesma denúncia: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral, Joesley Batista, dono do grupo JBS, Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, Eduardo Cunha, ex-deputado, Henrique Eduardo Alves, ex-deputado e ex-ministro, Geddel Vieira Lima, ex-ministro, Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor de Temer.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


De acordo com o Janot, os políticos denunciados arrecadaram mais de R$ 587 milhões em propina, de empresas e órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aviação Civil e Câmara dos Deputados.
O STF poderá analisar a denúncia contra Temer somente se a Câmara autorizar. Em agosto, os deputados já rejeitaram a primeira denúncia, por corrupção passiva.
Essa segunda denúncia surge depois de a PGR abrir um processo de revisão da delação premiada de executivos da JBS, cujos benefícios foram temporariamente suspensos em razão de o Ministério Público Federal entender que pode ter havido omissão nas informações.
A defesa de Temer chegou a pedir ao STF o afastamento de Janot de investigações contra ele e também a suspensão de uma nova denúncia, mas a Corte negou, em votação realizada na quarta-feira (13).
Temer teria cometido obstrução de Justiça, na interpretação de Janot, ao dar aval para Joesley Batista subornar Funaro e o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Já organização criminosa seria por sua atuação na “quadrilha do PMDB na Câmara”. Temer nega as acusações.

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