O confisco da obra foi solicitado à polícia pelos deputados Herculano Borges (SD), Coronel David (PSC) e Paulo Siufi (PSC), que compareceram até a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para registrar um boletim de ocorrência por apologia ao crime de incitação à pedofilia.
Obra é embalada para ser levado pela polícia.
Apesar de o quadro estar exposto no local desde junho, só após o caso Santander (leia aqui) a mostra gerou denúncia à DPCA. A exposição da artista mineira Alessandra Cunha está no museu desde o mês de junho, mas só agora os parlamentares se deram conta do seu conteúdo. O encerramento da exposição está previsto para o dia 17 de Setembro. De acordo com os deputados a obra apresenta cenas de pedofilia e de masturbação.
Fabio Sampaio, delegado que se dirigiu até o local, acatou o argumento e apreendeu uma das obras. A direção do museu já havia imposto censura para menores de 18 anos à exposição.
Para o deputado Coronel David, o conteúdo deveria ser exposto em local com acesso restrito e não em locais públicos como o museu frequentado por estudantes.
De acordo com o Estadão, museus já adotam autocensura para evitar repetição do caso Santander. O Masp já colocou cortinas pretas nos desenhos eróticos do pernambucano Pedro Correia de Araújo, que o espectador interessado pode levantar para ver.
elio says:
nem a corrupção e as malas de dinheiro conseguem ser maiores do que a hipocrisia e a mediocridade da população brasileira… censurar obras de arte eróticas num país onde todas as bancas de esquina vendem revistas e filmes pornográficos?… censurar obras de arte eróticas num país onde crianças com menos de dez anos tomam vacina contra hpv? censurar obras de arte eróticas num país onde as novelas pregam, “tutto il santo giorno”, a promiscuidade sexual?… censurar obras de arte eróticas num país onde casais “animados” só faltam fazer sexo explícito em pontos de ônibus, bancos de praça, bares e boates? me poupem, se poupem, nos poupem…
Elvira says:
A perseguição às obras de arte, são ações orquestradas, a exemplo dos 20 centavos das passagens de ônibus, em 2013, pra desviar a atenção das pessoas sobre as malas de dinheiro, afinal, elas pertencem aos golpistas.