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Mobilização popular recebe Lula em Curitiba

Foto: Ricardo Stuckert


Depois de 126 dias do primeiro interrogatório, em 10 de maio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde a questionamentos do juiz federal Sergio Moro nesta quarta-feira (13) em Curitiba.
Ao chegar à 13ª Vara Federal de Curitiba, Lula foi recebido por militantes do Partido dos Trabalhadores e de outros movimentos sociais que consideram arbitrária a condenação de Moro.
A estimativa inicial era de que havia 1.200 pessoas estivessem na porta da Justiça Federal e 3 mil na Praça Generoso Marques, no centro de Curitiba, onde acontece um ato de apoio ao ex-presidente.
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Estão em Curitiba também a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Alexandre Padilha, senador Humberto Costa (PT-PE), senadora Fátima Bezerra (PT- RN), senador Paulo Rocha (PT- PA), senador Lindbergh Farias (PT-RJ), deputado Wadih Damous (PT-RJ), entre outras lideranças do partido.
“Lula comparece com a verdade e o apoio dos que o consideram o melhor presidente que o Brasil já teve”, afirma Gleisi.

Desde as primeiras horas da manhã, militantes se organizaram perto do prédio da Justiça (Foto: Mídia Ninja)


Para receber o ex-presidente, foi montado um esquema de segurança parecido com o do primeiro depoimento. Foram destacados cerca de mil policiais militares, além de representantes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), Guarda Municipal, Polícias Rodoviária Estadual e Federal, Polícia Federal, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Foto: Ricardo Stuckert


Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, a Odebrecht comprou um terreno em São Paulo para a construção do Instituto Lula e uma cobertura em São Bernardo do Campo, vizinha ao apartamento onde o ex-presidente mora.
Em junho, Lula foi condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão pela ação do apartamento no Guarujá (SP).
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Nesta segunda-feira (11), os advogados do ex-presidente recorreram da decisão ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região. Caso a condenação seja confirmada, Lula ficará impedido de se candidatar, de acordo com as regras da Lei da Ficha Limpa.

Curitiba após o depoimento de Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


Lula já foi denunciado nove vezes pelo MPF (Ministério Público Federal) e se tornou réu em cinco ações penais.
Para os advogados e para o próprio ex-presidente, Lula é vítima de perseguição judicial que tem por objetivo impedir sua candidatura em 2018. Apesar da condenação, Lula se mantém em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto para 2018, com cerca de 30%.
Em nota, o Instituto Lula afirma que “nunca solicitou, nunca recebeu, nem nunca teve posse desse terreno”.
“Houve uma única visita, nesse e em outros terrenos, em meados de 2011, sendo que esse terreno foi recusado, o que já foi dito em depoimentos nessa ação. Todas as doações feitas ao Instituto Lula foram legais e registradas”.
 
Depois do depoimento, Lula participou da manifestação que acontecia na praça.

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