Brasil

Dilma: "Justiça será feita e não prevalecerá o Estado de Exceção"

Lula e Dilma na Abertura do 6º Congresso do PT (Foto: Lula Marques/Agência PT)


A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou na noite de terça-feira (5) que a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem fundamento e que o chefe do Ministério Público Federal não apresentou provas ou indícios da materialidade do crime.
“A Justiça será feita e não prevalecerá o Estado de Exceção. Não há mais espaço para a Justiça do Inimigo”, disse.
A declaração de Dilma foi feita por meio de sua assessoria de imprensa, horas depois de Janot denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a presidente eleita, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também  os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização criminosa.
Foram denunciados também a senadora e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, e os ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva.
Leia mais:
Supremo libera áudios que escandalizaram o país
Janot alega que os acusados formaram uma organização criminosa no Partido dos Trabalhadores para receber propina desviada da Petrobras durante as investigações da Operação Lava Jato.
Lula também se manifestou, argumentando que se trata de um ato de perseguição política.
“A denúncia da PGR, sem qualquer fundamento, é uma ação política. É o auge da campanha de perseguição contra o ex-presidente Lula movida por setores partidarizados do sistema judicial. Foi anunciada hoje para tentar criar um fato negativo no dia em que Lula conclui sua vitoriosa jornada pelo Nordeste”, escreveu a assessoria de imprensa do ex-presidente.
Para a  senadora Gleisi Hoffmann, a denúncia busca criminalizar a política e o Partido dos Trabalhadores.
Já a defesa de João Vaccari afirmou que a denúncia é “surpreendente” e “totalmente improcedente”. Segundo o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, Vaccari cumpriu seu papel, como então tesoureiro do PT, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, “tudo dentro da lei e com absoluta transparência”.
O advogado de Guido Mantega, Fábio Tofic, disse que causa estranheza que a PGR resolva oferecer denúncia baseada nas palavras de delatores, sem uma verificação mínima, no mesmo dia em que vem à tona a “desfaçatez dos delatores, pela própria PGR”.
Em nota, Edinho Silva afirmou que sempre agiu de forma ética e legal e que não tem dúvidas que todos os fatos serão esclarecidos e que a Justiça vai prevalecer.

Notícias relacionadas

  1. Avatar

    Dilma, preste atenção, não é um “estado de exceção” que nos foi imposto e sim é uma incontrolável e truculenta DITADURA MIDIÁTICO-JUDICIAL, sim!
    A propósito:
    Uma faculdadezinha de fundo de quintal de GM e família vai à falência e é
    adquirida com dinheiro público por 8 MILHÕES DE REAIS (dinheiro do seu, do meu, dos nossos impostos).
    Será que o MP do Mato Grosso tem peito para encarar?
    https://caviaresquerda.blogspot.com.br/2017/09/chao-comeca-ceder-sob-os-pes-de-gilmar.html

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *