Brasil

Requião alerta investidores estrangeiros: vamos tomar de volta o que vocês estão comprando.

Em carta aberta a embaixadores e investidores, senadores e deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional criticam as privatizações anunciadas pelo governo de Michel Temer e afirmam que essas medidas serão revertidas pelo primeiro Chefe de Estado eleito por voto popular. “Essas privatizações não serão apenas revertidas. Serão também duramente investigadas”.
“Quem comprar bens e direitos do povo brasileiro vendidos por esse governo extensiva e comprovadamente corrupto, será de imediato considerado suspeito de participar da corrupção e, na sequência, investigado e punido com firmeza”, consta no documento, disponível na íntegra no final desta reportagem.
Além do senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Frente, firmam a carta a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputado Patrus Ananias (PT-MG), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Afonso Motta (PDT-RS).
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Os parlamentares reforçam que, por quatro eleições consecutivas, os brasileiros rejeitaram nas urnas a política de privatizações. Agora, um governo que não foi eleito e é rejeitado por 95% da população quer implementar esse projeto.
“O povo brasileiro não deu procuração ao atual governo para realizar qualquer privatização. Não reconhece a validade política e jurídica da venda de patrimônio público realizada no governo Temer”.
Esse grupo de deputados e senadores se reuniu na Frente em 21 de junho. O objetivo é propor iniciativas que possam barrar as privatizações anunciadas pelo governo Temer.
Assista ao vídeo feito por Requião para divulgar o manifesto:

A Frente também criou um Manifesto de Advertência do Povo Brasileiro na plataforma Avaaz para reunir apoiadores contra as privatizações. Clique aqui para acessar.
Leia abaixo a íntegra da carta.
“Prezados Embaixadores e investidores no Brasil.
Por meio desta carta aberta, alertamos o corpo diplomático e os investidores com interesses no Brasil sobre os riscos de participar das privatizações promovidas pelo atual Governo Federal.

Lançamento da Frente Parlamentar (Foto: Lula Marques/AGPT)


Toda as aquisições de bens e direitos públicos vendidos, concedidos, outorgados ou autorizados – enfim, privatizados – pelo governo ilegítimo que está instalado na Presidência da República do Brasil serão revertida pelo primeiro Chefe de Estado eleito pelo voto popular.
Cuidado, porque essas privatizações não serão apenas revertidas. Serão também duramente investigadas. Atenção ao que está acontecendo no Brasil. O mesmo rigor que a Operação Lava Jato introduziu no sistema investigativo-punitivo brasileiro será usado contra tudo o que o governo ilegítimo produz, ainda que sem os excessos e a parcialidade da referida Operação.
Sim, quem comprar bens e direitos do povo brasileiro vendidos por esse governo extensiva e comprovadamente corrupto, será de imediato considerado suspeito de participar da corrupção e, na sequência, investigado e punido com firmeza.
Não subestimem a indignação e a ira que o povo brasileiro tem acumulado em razão dos abusos desse governo ilegítimo.
Por quatro eleições seguidas, nos últimos 15 anos, o povo brasileiro rejeitou nas urnas qualquer privatização. Feito por um governo ilegal desprezado por 95% da população, isso significa uma contrariedade ainda mais gritante.
O povo brasileiro não deu procuração ao atual governo para realizar qualquer privatização. Não reconhece a validade política e jurídica da venda de patrimônio público realizada no governo Temer. Pior, o povo brasileiro, com toda a razão, suspeita que essas privatizações foram e são feitas com subornos, corrupção, trapaças e ilegalidades.
Este governo, produto de um golpe parlamentar e o atual Congresso não têm procuração para tomar tão graves decisões sem consultar o povo brasileiro. Logo, a aprovação pelo Congresso das leis que “formalizam” essas privatizações não reduz a ilegitimidade e a ilegalidade do processo.
Em termos mais claros: a liquidação do Patrimônio
Público promovida por Michel Temer sem a concordância do povo, será considerada por esse mesmo povo como a venda de mercadoria roubada, portanto serão considerados criminosos tanto o vendedor, quanto o receptador. Punição virá para os dois!
A Privatização ilegítima do Patrimônio Público Brasileiro será um péssimo negócio para os compradores. Mesmo que o preço de nosso patrimônio seja oferecido a preços muito baratos, será um péssimo negócio, porque esses preços vis serão eles mesmos mais uma prova do crime. E esse crime será implacavelmente punido.
Os investidores que subornarem membros do Executivo, Parlamentares ou Juízes para aprovarem ou “legalizarem” essas privatizações fraudulentas estarão jogando seu dinheiro no lixo e poderão ainda serem punidos com pena de prisão.
O primeiro governo legítimo eleito no país promoverá um Referendo Revogatório de todas as privatizações. Elas serão revertidas, porque sabemos o que nosso povo pensa sobre isso. O dinheiro gasto com elas será devolvido somente depois das investigações que analisarão cada caso e apenas se não houver ocorrido nenhum tipo de corrupção.
A partir desta Carta Aberta, ninguém poderá alegar desconhecimento sobre a ilegalidade, ilegitimidade e as consequências por ter comprado os bens do povo brasileiro. A justiça ainda não chegou, mas ela chegará. A paciência do povo já está no fim! Não cometam essa temeridade!
Roberto Requião, Senador da República e Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional
Patrus Ananias, Deputado Federal e Secretário-Geral da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional
Deputado Glauber Braga – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional
Deputado Afonso Motta – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional
Senadora Vanessa Grazziotin – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional”.

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  1. Avatar
    RAMOS SOBRINHO says:

    Estou pronto para o combate! Não podemos nos curvar aos traidores do País, aos herdeiros de Joaquim Silvério dos Reis e de Dona Maria I, a Louca !

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    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Requião deve ter ingerido alguns quilos da alfafa que ele ordena aos seus desafetos comerem. E ela deve estar ou estragada ou adulterada, já que afirmar que Temer não teve voto é o mesmo que dizer que Dilma não teve voto. Mais ainda, bradar que “este Congresso não têm procuração para tomar tão graves decisões sem consultar o povo brasileiro” é negar o mesmíssimo princípio de reprsentatividade popular que ele alega defender e para o qual foi eleito. Só falta adicionar como co-signatários deste apanhado de asneiras os notórios delirantes e histéricos Gleisi “Barraco é Comigo” Hoffmann, Lindbergh “China de Pinochet” Farias e Paulo “Napoleão de Hospício” Pimenta e a loucura é total, completa e certificável para efeito de internação em manicômio de alta segurança.

    • Avatar

      Esta ação de privatizar fazia parte do plano de governo da chapa Dilma-Temer?? Claro q não. Quem elegeu a Dilma e o seu vice jamais esperou ações tão maléficas arbitrárias. Nunca houve um governo tão impopular quanto este do Temer… o cara se acha dono do Brasil, pois faz o q quer… Só ferrando o povo!!! Precisa de um basta, já chegou longe demais!!!!

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    Odon Porto de Almeida says:

    Mais do que oportuno o lançamento este manifesto. O atual des(governo) do Brasil, por ilegítimo, não está autorizado a efetuar a venda de qualquer parcela de nosso patrimônio.

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    Terezinha Abreu says:

    Tenho pressa em assinar essa petição, é muito importante, vital até. Essa quadrilha que saqueia o país não pode ficar impune. E, o interceptador, além de devolver, vai ter que responder judicialmente.

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    Daiton Oliveira Hamon says:

    Já passei por isso, trabalhei numa Companhia totalmente organizada e comprometida com a população, tinha uma aceitação de 97% da população não dava prejuízo pelo contrário trazia livro para o Estado a COPEL, e governo corrupto e vendedor do PSDB queria vender, comprando deputados para a aprovação. Por sorte é uma coisa que não queria mas nós salvou da privatização, foi quando as torres gêmeas foram atingidas. A nossa co- irmã Telepar foi privatizada. Os compradores faziam horrores com empregados transferiram alguns para locais nada a ver, para os mesmos pedirem demissão, ou se não diziam simplesmente fulano pode deixar seu crachá você está demitido gente com mais de vinte anos de casa, foi triste ver isso.

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