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Maluf é condenado a devolver dinheiro por uso irregular da Imprensa Oficial de SP

Foto: Agência Brasil


Uma ação que pede a devolução de recursos ao Estado de São Paulo e tem entre os réus o deputado Paulo Maluf será executada 34 anos depois de começar a tramitar na Justiça.
A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Paulo Maluf foi governador biônico de São Paulo entre 1979 e 1982. A Imprensa Oficial do Estado, durante a sua gestão, foi acusada de imprimir milhares de folhetos com o estatuto do partido do governador à época, o PDS (Partido Democrático Social).
O material, que incluía cartas, calendários e santinhos, foi doado ao PDS, legenda fundada em 1980 para substituir a ARENA, com o fim do bipartidarismo. Foi extinto em 1993. Durante esse período, Maluf foi presidente.
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O processo começou a tramitar em 1983, movido pelo governo de Franco Montoro (1916-1999). Apenas em 11 de agosto a Imprensa Oficial foi intimada a iniciar o cumprimento da sentença.
“Eu nem lembro dessa ação”, disse Maluf. “Não custava nada. Gastava papel, tempo do juiz, do Ministério Público, mas era só para criar um fato para sair no jornal. Depois todo mundo esquecia”, afirmou, alegando que, naquele período, era comum que adversários políticos movessem ações populares uns contra os outros.
Ao todo, seis réus figuraram nas ações: Paulo Salim Maluf, Calixto Salomão, José Sérgio Pereira Toledo Cruz, Associação Comercial de São Paulo, Reinaldo Emygdio de Barros e Guilherme Afif Domingos.
 

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