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Janot diz que novas delações podem atingir Temer

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que existem acordos de delação premiada em andamento que podem dar subsídios a novas denúncias contra o presidente Michel Temer por obstrução à Justiça e organização criminosa.
“Eu continuo minha investigação dizendo que enquanto houver bambu, lá vai flecha. Meu mandato vai até 17 de setembro. Até lá não vou deixar de praticar ato de ofício porque isso se chama prevaricação”, afirmou Janot em entrevista à Folha de S.Paulo.
Janot não quis responder se as novas delações seriam do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro porque “as colaborações são sigilosas”. Os dois estão presos pela Lava Jato.
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Questionado mais uma vez se “há uma bala de prata contra o presidente?”, Janot respondeu: “Não, existem flechas. Eu sou ecológico”.
O procurador comentou também a votação da denúncia contra Temer na Câmara, em 2 de agosto. Em sua avaliação, os deputados não barraram a denúncia, mas fizeram um “julgamento político de conveniência sobre a época do processamento penal do presidente (…) Que a Câmara agora arque com as consequências”.
Temer será processado quando seu mandato terminar, reforçou Janot.
“Temos de entender que o crime de corrupção não precisa de você receber o dinheiro, é aceitar ou designar a proposta. Receber o dinheiro é a chapada do crime de corrupção”, disse.
O procurador negou que a PGR trabalhe com “calendário político” e  falou sobre a acusação feita por Temer, de que ele teria atuado de forma política para desestabilizar o governo. “Sempre trato os investigados e réus com respeito. Quando é que me dirigi ao presidente de maneira desrespeitosa? Não posso tergiversar com a pessoa que praticou ilícito. Isto é uma República, a lei é igual para todos”.

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Janot está desesperado, já que o golpe que ele quis dar, junto com a Glogo, Fachin e Joesley Safadão falhou rotundamente.

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