O ex-ministro Antonio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht foram condenados a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com sentença proferida pelo juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira (26/6).
O processo apurava se Palocci recebeu propina para beneficiar o Grupo Odebrecht entre 2006 e 2013.
Palocci está detido no Paraná desde 26 de setembro de 2016, quando foi deflagrada a operação Omertà, desdobramento da Lava Jato.
Marcelo Odebrecht, por ter firmado acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, vai cumprir sua pena em regime inicial fechado de 2 anos e 6 meses de reclusão contados da data de sua prisão preventiva, 19 de junho de 2015. A partir de então, cumprirá mais 2 anos e 6 meses no regime fechado diferenciado, com recolhimento domiciliar integral e tornozeleira eletrônica.
Depois, o empresário deve cumprir mais 2 anos e 6 meses no regime semiaberto diferenciado, com recolhimento domiciliar noturno, finais de semana e feriados, com prestação de serviços à comunidade por 22 horas mensais durante o cumprimento da pena.
Em seguida, cumprirá mais 2 anos e 6 meses no regime aberto diferenciado, com recolhimento domiciliar nos finais de semana e feriados.
Foram condenados também João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT (corrupção passiva – 6 anos de reclusão); Monica Moura, publicitária (lavagem de dinheiro – 4 anos e 5 meses de reclusão); João Santana, publicitário (lavagem de dinheiro – 4 anos e 5 meses de reclusão).
Foram absolvidos por falta de provas Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, e Rogério Santos de Araújo, ex-executivo da Odebrecht.
