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STF decide manter prisão de Andrea Neves

Em votação na tarde desta terça-feira (13/6), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou se Andrea, irmã do senador Aécio Neves (PSDB), deveria ou não continuar presa. Por 3 votos a 2, os ministros entenderam que, em liberdade, Andrea poderia voltar a cometer crimes e interferir nas investigações.
Votaram a favor do pedido de liberdade, o relator, o ministro Marco Aurélio, e o ministro Alexandre de Moraes. Os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber foram contra.
Andrea Neves foi detida na Operação Patmos, deflagrada a partir da delação premiada da JBS. Ela cumpre prisão preventiva desde o dia 18 de maio no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.
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O argumento do ministro Luís Roberto Barroso é que Andrea deve continuar presa porque outros fatos supostamente criminosos estão sendo apurados na investigação da JBS, que ainda está em andamento.
Na investigação que foi aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS. Em depoimento de delação, o empresário afirmou que Andrea teria solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.
Já o relator afirmou que a prisão preventiva não pode ser mantida apenas pela suposição de que Andrea poderia interferir nas investigações. Além disso, o ministro ressaltou que ela é ré primária e não possui antecedentes criminais.
Depois da decisão do STF, Aécio Neves divulgou uma nota pública criticando o resultado da votação e afirmou que a defesa de Andrea vai recorrer: “Mantenho minha confiança na Justiça brasileira e tenho certeza de que a verdade prevalecerá”.

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