O presidente Michel Temer se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tarso Jereissati (PSDB-CE) para combinar a sua sucessão, mas após a votação da reforma da Previdência. Segundo o jornal Valor Econômico, Temer não admite a possibilidade de renunciar e diz que recorrerá a todos os instrumentos legais para permanecer no cargo.
Na reunião, foi acertado que a aprovação das reformas é o principal objetivo do grupo que promoveu o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Ainda de acordo com o Valor, Temer teria reclamado de um movimento dentro do PSDB para derrubá-lo, e dito que, por serem sócios do governo, os tucanos enfrentariam os mesmos problemas caso assumissem o cargo, inclusive no que diz respeito à Operação Lava-Jato.
O Nocaute antecipou o acordo que começou a ser costurado entre Temer e o PSDB em uma reunião ocorrida no Palácio do Jaburu, no último sábado. Participaram do encontro, além do presidente, o general Sérgio Etchegoyen (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidencia) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Por meio de mídia eletrônica o encontro foi acompanhado à distância por FHC.
Na conversa, os principais temas discutidos foram a saída de Temer para evitar a cassação da chapa com Dilma TSE e a convocação de eleições diretas, o esvaziamento da Operação Lava Jato, a formação de um governo de maioria tucana, o silêncio de Eduardo Cunha e a possível delação de Palocci.
