Brasil

Manifesto do Projeto Brasil Nação

O Brasil vive uma crise sem precedentes. O desemprego atinge níveis assustadores. Endividadas, empresas cortam investimentos e vagas. A indústria definha, esmagada pelos juros reais mais altos do mundo e pelo câmbio sobreapreciado. Patrimônios construídos ao longo de décadas são desnacionalizados.
Mudanças nas regras de conteúdo local atingem a produção nacional. A indústria naval, que havia renascido, decai. Na infraestrutura e na construção civil, o quadro é de recuo. Ciência, cultura, educação e tecnologia sofrem cortes.
Programas e direitos sociais estão ameaçados. Na saúde e na Previdência, os mais pobres, os mais velhos, os mais vulneráveis são alvo de abandono.
A desigualdade volta a aumentar, após um período de ascensão dos mais pobres. A sociedade se divide e se radicaliza, abrindo espaço para o ódio e o preconceito.
No conjunto, são as ideias de nação e da solidariedade nacional que estão em jogo. Todo esse retrocesso tem apoio de uma coalizão de classes financeiro-rentista que estimula o país a incorrer em deficits em conta corrente, facilitando assim, de um lado, a apreciação cambial de longo prazo e a perda de competitividade de nossas empresas, e, de outro, a ocupação de nosso mercado interno pelas multinacionais, os financiamentos externos e o comércio desigual.
Esse ataque foi desfechado num momento em que o Brasil se projetava como nação, se unindo a países fora da órbita exclusiva de Washington. Buscava alianças com países em desenvolvimento e com seus vizinhos do continente, realizando uma política externa de autonomia e cooperação. O país construía projetos com autonomia no campo do petróleo, da defesa, das relações internacionais, realizava políticas de ascensão social, reduzia desigualdades, em que pesem os efeitos danosos da manutenção dos juros altos e do câmbio apreciado.
Para o governo, a causa da grande recessão atual é a irresponsabilidade fiscal; para nós, o que ocorre é uma armadilha de juros altos e de câmbio apreciado que inviabiliza o investimento privado. A política macroeconômica que o governo impõe à nação apenas agravou a recessão. Quanto aos juros altíssimos, alega que são “naturais”, decorrendo dos déficits fiscais, quando, na verdade, permaneceram muito altos mesmo no período em que o país atingiu suas metas de superávit primário (1999-2012).
Buscando reduzir o Estado a qualquer custo, o governo corta gastos e investimentos públicos, esvazia o BNDES, esquarteja a Petrobrás, desnacionaliza serviços públicos, oferece grandes obras públicas apenas a empresas estrangeiras, abandona a política de conteúdo nacional, enfraquece a indústria nacional e os programas de defesa do país, e liberaliza a venda de terras a estrangeiros, inclusive em áreas sensíveis ao interesse nacional.
Privatizar e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os ganhos de rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país.
O governo antinacional e antipopular conta com o fim da recessão para se declarar vitorioso. A recuperação econômica virá em algum momento, mas não significará a retomada do desenvolvimento, com ascensão das famílias e avanço das empresas. Ao contrário, o desmonte do país só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento.
Para voltar a crescer de forma consistente, com inclusão e independência, temos que nos unir, reconstruir nossa nação e definir um projeto nacional. Um projeto que esteja baseado nas nossas necessidades, potencialidades e no que queremos ser no futuro. Um projeto que seja fruto de um amplo debate.
É isto que propomos neste manifesto: o resgate do Brasil, a construção nacional.
Temos todas as condições para isso. Temos milhões de cidadãos criativos, que compõem uma sociedade rica e diversificada. Temos música, poesia, ciência, cinema, literatura, arte, esporte – vitais para a construção de nossa identidade.
Temos riquezas naturais, um parque produtivo amplo e sofisticado, dimensão continental, a maior biodiversidade do mundo. Temos posição e peso estratégicos no planeta. Temos histórico de cooperação multilateral, em defesa da autodeterminação dos povos e da não intervenção.
O governo reacionário e carente de legitimidade não tem um projeto para o Brasil. Nem pode tê-lo, porque a ideia de construção nacional é inexistente no liberalismo econômico e na financeirização planetária.
Cabe a nós repensarmos o Brasil para projetar o seu futuro – hoje bloqueado, fadado à extinção do empresariado privado industrial e à miséria dos cidadãos.
Nossos pilares são: autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do ambiente – os pilares de um regime desenvolvimentista e social.
Para termos autonomia nacional, precisamos de uma política externa independente, que valorize um maior entendimento entre os países em desenvolvimento e um mundo multipolar.
Para termos democracia, precisamos recuperar a credibilidade e a transparência dos poderes da República. Precisamos garantir diversidade e pluralidade nos meios de comunicação. Precisamos reduzir o custo das campanhas eleitorais, e diminuir a influência do poder econômico no processo político, para evitar que as instituições sejam cooptadas pelos interesses dos mais ricos.
Para termos Justiça precisamos de um Poder Judiciário que atue nos limites da Constituição e seja eficaz no exercício de seu papel. Para termos segurança, precisamos de uma polícia capacitada, agindo de acordo com os direitos humanos.
Para termos liberdade, precisamos que cada cidadão se julgue responsável pelo interesse público.
Precisamos estimular a cultura, dimensão fundamental para o desenvolvimento humano pleno, protegendo e incentivando as manifestações que incorporem a diversidade dos brasileiros.
Para termos desenvolvimento econômico, precisamos de investimentos públicos (financiados por poupança pública) e principalmente investimentos privados. E para os termos precisamos de uma política fiscal, cambial socialmente responsáveis; precisamos juros baixos e taxa de câmbio competitiva; e precisamos ciência e tecnologia.
Para termos diminuição da desigualdade, precisamos de impostos progressivos e de um Estado de bem-estar social amplo, que garanta de forma universal educação, saúde e renda básica. E precisamos garantir às mulheres, aos negros, aos indígenas e aos LGBT direitos iguais aos dos homens brancos e ricos.
Para termos proteção do ambiente, precisamos cuidar de nossas florestas, economizar energia, desenvolver fontes renováveis e participar do esforço para evitar o aquecimento global.
Neste manifesto inaugural estamos nos limitando a definir as políticas públicas de caráter econômico. Apresentamos, assim, os cinco pontos econômicos do Projeto Brasil Nação.
1 Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público, e assegure prioridade à educação e à saúde
2 Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil
3 Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva
4 Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável para empresários e salários que reflitam uma política de redução da desigualdade
5 Reforma tributária que torne os impostos progressivos
Esses cinco pontos são metas intermediárias, são políticas que levam ao desenvolvimento econômico com estabilidade de preços, estabilidade financeira e diminuição da desigualdade. São políticas que atendem a todas as classes exceto a dos rentistas.
A missão do Projeto Brasil Nação é pensar o Brasil, é ajudar a refundar a nação brasileira, é unir os brasileiros em torno das ideias de nação e desenvolvimento – não apenas do ponto de vista econômico, mas de forma integral: desenvolvimento político, social, cultural, ambiental; em síntese, desenvolvimento humano. Os cinco pontos econômicos do Projeto Brasil são seus instrumentos – não os únicos instrumentos, mas aqueles que mostram que há uma alternativa viável e responsável para o Brasil.
Estamos hoje, os abaixo assinados, lançando o Projeto Brasil Nação e solicitando que você também seja um dos seus subscritores e defensores.
 

Subscritores originais
  • Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista
  • Eleonora de Lucena, jornalista
  • Celso Amorim, embaixador
  • Raduan Nassar, escritor
  • Chico Buarque de Hollanda, músico e escritor
  • Mario Bernardini, engenheiro
  • Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico
  • Roberto Schwarz, crítico literário
  • Pedro Celestino, engenheiro
  • Fábio Konder Comparato, jurista
  • Kleber Mendonça Filho, cineasta
  • Laerte, cartunista
  • João Pedro Stedile, ativista social
  • Wagner Moura, ator e cineasta
  • Vagner Freitas, sindicalista
  • Margaria Genevois, ativista de direitos humanos
  • Fernando Haddad, professor universitário
  • Marcelo Rubens Paiva, escritor
  • Maria Victoria Benevides, socióloga
  • Luiz Costa Lima, crítico literário
  • Ciro Gomes, político
  • Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, economista
  • Alfredo Bosi, crítico e historiador
  • Eclea Bosi, psicóloga
  • Manuela Carneiro da Cunha, antropóloga
  • Fernando Morais, jornalista
  • Leda Paulani, economista
  • André Singer, cientista político
  • Luiz Carlos Barreto, cineasta
  • Paulo Sérgio Pinheiro, sociólogo
  • Maria Rita Kehl, psicanalista
  • Eric Nepomuceno, jornalista
  • Carina Vitral, estudante
  • Luiz Felipe de Alencastro, historiador
  • Roberto Saturnino Braga, engenheiro e político
  • Roberto Amaral, cientista político
  • Eugenio Aragão, subprocurador geral da república
  • Ermínia Maricato, arquiteta
  • Tata Amaral, cineasta
  • Marcia Tiburi, filósofa
  • Nelson Brasil, engenheiro
  • Gilberto Bercovici, advogado
  • Otavio Velho, antropólogo
  • Guilherme Estrella, geólogo
  • José Gomes Temporão, médico
  • Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, historiador
  • Frei Betto, religioso e escritor
  • Hélgio Trindade, cientista político
  • Renato Janine Ribeiro, filósofo
  • Ennio Candotti, físico
  • Samuel Pinheiro Guimarães, embaixador
  • Franklin Martins, jornalista
  • Marcelo Lavenere, advogado
  • Bete Mendes, atriz
  • José Luiz Del Roio, ativista político
  • Vera Bresser-Pereira, psicanalista
  • Aquiles Rique Reis, músico
  • Rodolfo Lucena, jornalista
  • Maria Izabel Azevedo Noronha, professora
  • José Marcio Rego, economista
  • Olímpio Alves dos Santos, engenheiro
  • Altamiro Borges, jornalista
  • Reginaldo Mattar Nasser, sociólogo
  • José Joffily, cineasta
  • Isabel Lustosa, historiadora
  • Odair Dias Gonçalves, físico
  • Pedro Dutra Fonseca, economista
  • Alexandre Padilha, médico
  • Ricardo Carneiro, economista
  • José Viegas Filho, diplomata
  • Paulo Henrique Amorim, jornalista
  • Pedro Serrano, advogado
  • Mino Carta, jornalista
  • Luiz Fernando de Paula, economista
  • Iran do Espírito Santos, artista
  • Hildegard Angel, jornalista
  • Pedro Paulo Zaluth Bastos, economista
  • Sebastião Velasco e Cruz, cientista político
  • Marcio Pochmann, economista
  • Luís Augusto Fischer, professor de literatura
  • Maria Auxiliadora Arantes, psicanalista
  • Eleutério Prado, economista
  • Hélio Campos Mello, jornalista
  • Eny Moreira, advogada
  • Nelson Marconi, economista
  • Sérgio Mamberti, ator
  • José Carlos Guedes, psicanalista
  • João Sicsú, economista
  • Rafael Valim, advogado
  • Marcos Gallon, curador
  • Maria Rita Loureiro, socióloga
  • Antônio Corrêa de Lacerda, economista
  • Ladislau Dowbor, economista
  • Clemente Lúcio, economista
  • Arthur Chioro, médico
  • Telma Maria Gonçalves Menicucci, cientista política
  • Ney Marinho, psicanalista
  • Felipe Loureiro, historiador
  • Eugênia Augusta Gonzaga, procuradora
  • Carlos Gadelha, economista
  • Pedro Gomes, psicanalista
  • Claudio Accurso, economista
  • Eduardo Guimarães, jornalista
  • Reinaldo Guimarães, médico
  • Cícero Araújo, cientista político
  • Vicente Amorim, cineasta
  • Emir Sader, sociólogo
  • Sérgio Mendonça, economista
  • Fernanda Marinho, psicanalista
  • Fábio Cypriano, jornalista
  • Valeska Martins, advogada
  • Laura da Veiga, socióloga
  • João Sette Whitaker Ferreira, urbanista
  • Francisco Carlos Teixeira da Silva, historiador
  • Cristiano Zanin Martins, advogado
  • Sérgio Barbosa de Almeida, engenheiro
  • Fabiano Santos, cientista político
  • Nabil Araújo, professor de letras
  • Maria Nilza Campos, psicanalista
  • Leopoldo Nosek, psicanalista
  • Wilson Amendoeira, médico
  • Nilce Aravecchia Botas, arquiteta
  • Paulo Timm, economista
  • Maria da Graça Pinto Bulhões, socióloga
  • Olímpio Cruz Neto, jornalista
  • Renato Rabelo, político
  • Maurício Reinert do Nascimento, administrador
  • Adhemar Bahadian, embaixador
  • Angelo Del Vecchio, sociólogo
  • Maria Theresa da Costa Barros, psicóloga
  • Gentil Corazza, economista
  • Luciana Santos, deputada
  • Ricardo Amaral, jornalista
  • Benedito Tadeu César, economista
  • Aírton dos Santos, economista
  • Jandira Feghali, deputada
  • Laurindo Leal Filho, jornalista
  • Alexandre Abdal, sociólogo
  • Leonardo Francischelli, psicanalista
  • Mario Canivello, jornalista
  • Mario Ruy Zacouteguy, economista
  • Anne Guimarães, cineasta
  • Rosângela Rennó, artista
  • Eduardo Fagnani, economista
  • Rebeca Schwartz, psicóloga
  • Moacir dos Anjos, curador
  • Regina Gloria Nunes de Andrade, psicóloga
  • Rodrigo Vianna, jornalista
  • Lucas José Dib, cientista político
  • William Antonio Borges, administrador
  • Paulo Nogueira, jornalista
  • Oswaldo Doreto Campanari, médico
  • Carmem da Costa Barros, advogada
  • Eduardo Plastino, consultor
  • Ana Lila Lejarraga, psicóloga
  • Cassio Silva Moreira, economista
  • Marize Muniz, jornalista
  • Valton Miranda, psicanalista
  • Miguel do Rosário, jornalista
  • Humberto Barrionuevo Fabretti, advogado
  • Fabian Domingues, economista
  • Kiko Nogueira, jornalista
  • Fania Izhaki, psicóloga
  • Carlos Henrique Horn, economista
  • Beto Almeida, jornalista
  • José Francisco Siqueira Neto, advogado
  • Paulo Salvador, jornalista
  • Walter Nique, economista
  • Claudia Garcia, psicóloga
  • Luiz Carlos Azenha, jornalista
  • Ricardo Dathein, economista
  • Etzel Ritter von Stockert, matemático

 
Para assinar o Manifesto acesse:
http://bresserpereira.org.br/manifesto.asp
 

Notícias relacionadas

  1. Avatar
    Geraldo Braga Filho says:

    Vocês são hilários….e desonestos também. Mostram uma realidade terrível do país como se não tivessem nenhuma responsabilidade pelo caos atual…. “O desemprego atinge níveis assustadores.” “esquarteja a Petrobrás”…. caramba!!! Vocês são muito CÍNICOS…… bando de hipócritas sem caráter….. súcia fundamentalista nojenta

  2. Avatar
    Maria Alves de Aguiar Andrade says:

    Fora Temer,não quero um país onde políticos corruptos,tiram sem dó nem piedade nos direitos,sou contra a privitacão,a tercerizacão,a reforma proposta por vocês sem nossa participação,chega ,vamos para as ruas contra o desmonte do país.

  3. Avatar
    Maísa Ferreira Rosa says:

    Já está mais do que na hora de reagirmos, eu fico me perguntando se nós brasileiros temos sangue nas veias!? Quanta saudade de Leonel Brizola, Ulisses Guimarães e muitos outros que perderam a vida derramando seu sangue por uma causa justa, a dignidade do nosso povo, o respeito de uma nação, avante Brasil ??

  4. Avatar

    Com uns caras que assinam essas mal traçadas linhas será posssivel na melhor das hipóteses terminar AFUNDAR está nação ! Imaginem essa turma trabalhando :
    Ciro Gomes + Stedile + Chico Buarque + Jandira Feghali

  5. Avatar
    Eduardo Arguelles says:

    O país sofreu duro golpe levado a cabo pelas forças mais atrazadas corruptas e conservadoras da
    nação.Por trás o capital internacional e os estrategistas sinistros da CIA e da NSA.Os objetivos,vários tentáculos movidos em direções diversas mas convergentes na sanha antinacionalista e nos preceitos. neoliberais.O Poder político apenas como agente de interesses empresariais e do grande capital.Redução ou aniquilamento de conquistas do trabalho,o fim da CLT,regras draconianas para a aposentadoria,a inibição do pensamento crítico,a privatização da Petrobrás ,a entrega do pré-sal,a destruição de nossas grandes empreiteiras,o aniquilamento do principal partido de viés popular e visão social do país,o poder discricionário de um legislativo corrupto e de um judiciário desmoralizado,tudo amparado por uma imprensa monopolizada e ultra corrupta.Este manifesto,encabeçado,de forma surpreendente por um economista de viés liberal,trás sugestões que podem ser úteis no renascer de uma nação hoje destruída em seus alicerces sociais,econômicos ,éticos e morais.Eu o assino.Eduardo Arguelles(médico e professor universitário );

  6. Avatar
    Eduardo Arguelles says:

    Não penso que meu comentário seja imoderado ou abusivo.Ele expressa a minha indignação com a destruição de um ciclo virtuoso e de inclusão social,além de obras de estrutura e infraestrutura fundamentais para o desenvolvimento nacional.Deixo,no entanto a cargo e juízo dos idealizadores do manifesto a tarefa de aceitá-lo ou não.Atenciosamente,Eduardo Arguelles.

  7. Avatar

    Como faço para assinar o manifesto ?clico no link e não identifico o local.
    Se puderem fazer,por gentileza acrescentem meu nome
    Fatima Maria Leite Cruz – professora universitária

  8. Avatar
    José Raimundo Ribeiro da Silva Professor de Filosofia says:

    É hora de união pela democracia no Brasil. É hora de reforma política para retomar o respeito pelo Brasil, Pelos políticos contra todo ódio, discriminação, é hora de voltarmos ao programa de distribuição de renda no combate a pobreza, para que o Brasil volte a crescer!

  9. Avatar

    Não assinem esse manifesto. Bresser Pereira escreveu no brasil247 que devemos anistiar caixa 2 dos políticos e salvar FHC e Alkmin!!! Indecente! Não apóiem!
    Solicito a retirada de meu nome.

    • Avatar
      Edilson Ferreira says:

      Pois é Dulce muitos dizendo que assinaram, que concordaram, mas novamente não houve uma pesquisa por parte dos assinantes sobre o Bresser, que recentemente, se disse favorável à anistia ao caixa 2 mesmo sabendo que é uma atividade criminosa (palavras dele). Eu não assinarei apesar de concordar com muitas coisas do manifesto. E indo mais além eu sei que nem 10% do que está escrito no manifesto será executado, seja com quem estiver no país.

  10. Avatar
    Pedro Casaldáliga bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia says:

    Amigos e todo o pessoal por aí. Evidentemente, que assinamos o manifesto por ser uma hora decisiva para o Brasil e todo gesto e toda palavra, deve nos manter em pé de solidariedade.
    Recebe um abraço com muita força e esperança com o Deus da Vida e da Libertação
    Pedro Casaldáliga

  11. Avatar
    Alberto Luiz zamith says:

    Morto em 2001, o economista e diplomata Roberto Campos completaria 100 anos amanhã. Relembre algumas de suas melhores frases sobre quanto o Estado estorva a vida de empresas e cidadãos, publicadas pelo Estadão:
    “O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que ele pode nos dar é sempre menos do que nos pode tirar.”
    “Nossa Constituição é uma mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa do efêmero.”
    “Uma vez criada a entidade burocrática, ela, como a matéria de Lavosier, jamais se destrói, apenas se transforma.”
    “Continuamos a ser colônia, uma país não de cidadãos, mas de súditos, passivamente submetidos às ‘autoridades’ – a grande diferença, no fundo, é que antigamente a ‘autoridade’ era Lisboa. Hoje, é Brasília.”
    “Todo mundo sabe que o dinheiro do governo é gasto para sustentar universidades ruins e grátis, para classes médias que podem pagar. Nada melhor. Garante comícios das UNEs da vida, ótima preparação para futuros políticos analfabetos.”
    “O doce exercício de xingar os americanos em nome do nacionalismo nos exime de pesquisar as causas do subdesenvolvimento e permite a qualquer imbecil arrancar aplausos em comícios.”
    “Sou chamado a responder rotineiramente a duas perguntas. A primeira é ‘haverá saída para o Brasil?’. A segunda é ‘o que fazer?’. Respondo àquela dizendo que há três saídas: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo. A resposta à segunda pergunta é aprendermos de recentes experiências alheias.”
    “O PT é um partido de trabalhadores que não trabalham, estudantes que não estudam e intelectuais que não pensam.”
    “Nossas esquerdas não gostam dos pobres. Gostam mesmo é dos funcionários públicos. São estes que, gozando de estabilidade, fazem greves, votam no Lula, pagam contribuição para a CUT. Os pobres não fazem nada disso. São uns chatos.
    “É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar – bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês. São os filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola.”
    “Fui um bom profeta. Pelo menos, melhor que Marx. Ele previra o colapso do capitalismo; eu previ o contrário, o fracasso do socialismo.”
    “Segundo Marx, para acabar com os males do mundo, bastava distribuir. Foi fatal. Os socialistas nunca mais entenderam a escassez.”

    • Avatar
      Antonio Paiva Filho says:

      Curioso é que o mesmo Bob Fields… digo, Roberto Campos – sim, ele mesmo, o defensor do estado mínimo e do liberalismo econômico (sim, porque o político nem pensar) – foi um retumbante fracasso como gestor da iniciativa privada, no famigerado Banco União Comercial (BUC). A história completa (http://melembro.blogspot.com.br/2008/08/revoluo-de-64-e-os-bancos.html):
      “Entre os bancos tradicionais de São Paulo: o Banco de São Paulo, o Banco do Commercio e Industria de São Paulo e o Banco Mercantil de São Paulo, estava o tradicional e respeitado Banco Comercial do Estado de São Paulo, que pertencia aos grandes Banqueiros da família Whitaker.
      O Banco Comercial possuia um banco de Investimento, o Investbanco. Em um dado momento, quando o economista Roberto Campos deixou o Ministério do Planejamento, ele e sua equipe foram convidados a administrar o Investbanco. Ora, Roberto Campos era um grande economista, com uma visão única de macro-economia, mas era um incopetente quando se tratava da iniciativa privada, e acabou por quebrar o Investbanco. Com isso, a Família Whitaker foi obrigada a procurar uma sociedade que pudesse voltar a fortalecer os seus bancos. A solução encontrada foi a fusão com o Banco Brasul que pertencia às famílias Melão e Malzoni. O Brasul era um banco menor do que o Comercial muito bem organizado. A fusão que deveria ter sido um sucesso, acabou por obrigar os acionistas dos dois bancos, por incompatibilidade total das duas administrações, a procurar um comprador para o agora Banco Comercial Brasul.
      Provavelmente trazido por alguém da equipe do Roberto Campos, surgiu um grupo carioca, do setor petroquímico, que havia sido sócio do União de Bancos Brasileiros (hoje Unibanco) de Walter Moreira Salles. Era o Grupo Geyer dono da Petroquímica União. Como tinha saído do União de Bancos, brigados com o Walter Moreira Salles, resolveram fazer um banco maior e melhor do que o do Walter. Surjiu assim o Banco União Comercial, ou BUC. E, como administrador da nova potência no setro bancário, o Professor Campos e sua equipe. Mantendo-se fiéis ao sistema administrativo que já havia praticamente falido o Banco Comercial do Estado de São Paulo, em pouco tempo a equipe conseguiu qubrar também o BUC.
      Fiéis aos princípios da “Gloriosa” [O GOLPE DE 1964], a equipe econômica do governo, que davam aos amigos tudo e aos inimigos talvez a lei, criou uma lei que utilizava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pagar as contas de bancos quebrados.
      Para se apropriar da imenso patrimônio da BUC, foi escolhido o amigo de plantão, o agora Banco Itau (…)
      Para absorver os prejuízos causados pela equipe de Roberto Campos, foi criado um fundo, o Fundo BUC. Funcionava da seguinte maneira: qualquer operação que não fosse paga, fosse qual fosse a razão era debitada neste fundo, bastando para isso, que o próprio Banco Itau julgasse a operação incobrável. Não eram obrigados a ter aprovação de ninguém do Banco Central, afinal eram amigos.
      Tudo caminhou de forma tão fácil, que o Itau resolveu limpar sua própria carteira de operações.
      Se apropriou de garantias dadas ao BUC e, depois de algum tempo, passou a debitar algumas operações incobráveis próprias no Fundo. Chegou a tal ponto que o Banco Central proibiu débitos feitos sem uma aprovação prévia.
      Era o socialização da má gestão e do prejuízo particular.”

  12. Avatar
    Jorge Macchiutti says:

    Este manifesto é uma referência exata de uma proposta nacionalista e que eu concordo. Por isto assinei espero que todos leiam com atenção assinem . Muito bem explanado e elaborado. Agora tem que haver um projeto de informação de inteligência , pois isto se trata de defesa nacional . Porque os nossos amigos EUA, Israel, Inglaterra. Usaram da sua inteligência usando todo um processamento de dados e uma sistematização não analisadas por nossos técnicos para dar um grande golpe no Brasil. Um país que objetivava a tirar a coleira do seu domínio de Wall Street agora mais do que nunca atrelada com corrente de ferro. Porque desta reação acredito pela inauguração do Novo Banco de Desenvolvimento Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Que os detentores de Wall Street não gostaram e desse ponto ou antes saíram para a perfeição do golpe. Muito bem estudado pelo serviço de inteligência deles. E estamos perdidos sem solucionar o caso. Se analisarmos este caso com inteligência como um Einstein deduzindo suas formulas cosmológicas ou subatômicas estaremos no caminho certo. Boa sorte para nós brasileiros para sairmos dessa corrente de ferro.

  13. Avatar
    Cristina Oliveira says:

    Só rindo… Bresser??? Aquele??? Ciro Gomes??? Aquele??? Chibo Buarque, estagnado no tempo e esperando a nanda podre passar???
    O que há com a esquerda, essa que presumidamente não está na lista de Janot e Fachin, que se nega a ver que o PT e seus comparsas faliram o país???
    Até jornalistazinhos pagos com dinheiro público para prestar serviços para lula estão abandonando o barco e reconhecendo o verdadeiro papel de lula na falência nacional e vocês aí, assinando papelinhos fantasiosos como se tal feito pudesse ser digno de respeito, juntando os mesmos em torno do que não merece um mínimo de respeito… Acordem! Assumam o erro! PT é a pior parte da história desse país e lula e dilma, bobos da corte onde o rei caolho, empreiteiro, era governava para os cegos…

  14. Avatar
    Augusto Mello says:

    E a reforma do Estado? Reduzir o custo de se ter 14 assessores por deputado, plano médico internacional e ilimitado para todos os dependentes é a forma mais eficiente de se tornar o congresso mais produtivo. Reduzir o custo de ter uma justiça especial que só julga casos trabalhistas. Usar esta incrível máquina pública para agilizar a justiça comum é a forma mais fácil de se aumentar a eficiëncia do judiciário. Acabar com as diferenças nas previdências é a forma mais eficiente de diminuir a desigualdade no país. Escolher bem as obras públicas por necessidade (e não por proprina) é a forma mais de aumentar o investimento. Se o Guilherme Estrella assina este manifesto, porque não o Renato Duque? AH! Esqueci, o segundo já está preso! A Jogada de Pasadena foi sensacional, Guilherme! Já, já!

  15. Avatar
    Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant'Anna says:

    Caros,
    Assinei, mas não consto da lista. Imagino que isso tenha ocorrido com outros; portanto, a lista deve ser bem maior!

  16. Avatar
    Rogério de Freitas says:

    Fui obrigado a pesquisa já que sinceramente não lembrava o que é regra fiscal contracíclica do gasto público. Definição: A política fiscal é dita contracíclica quando o governo eleva seus gastos durante episódios de desaceleração ou quando os reduz durante períodos de aceleração da economia, contribuindo, dessa forma, para suavizar as flutuações do produto. fonte Roberta Moreira Wichmann e Marcelo Savino Portugal FGV
    Se metade da população soubesse o que quer dizer isso talvez o governo Dilma seria defendido contra o golpe. Hoje o usurpador do poder faz o inverso corta gasto no social como se isso fosse a solução do pais e ainda por cima aumenta a taxa do enem para 83 reais.
    Estamos voltando a época da colonização entregando toda nossa riqueza aos estrangeiros em valores irrisórios. Isso tudo é o preço que se paga por temos um povo manipulado pela mídia golpista como a globo e outras

    • Avatar

      O que a Dilma fez foi errado amigo. Keynesianismo da pior espécie, atacou-se desaceleração de demanda como se fosse contra-cíclica (lembra daquela SELIC a 7,5%?). Foi a nova matriz da Dilma que nos trouxe até aqui, e não há defensores do que foi feito nem entre os petistas.
      Respeitosamente peço que você googleie “Desonerações Dilma”.
      O que se propoe nesse manifesto é justamente o contrário: é criar um projeto de nação (coisa que Dilma nunca teve).

  17. Avatar
    ALBERTO LUIZ ZAMITH says:

    Só a cara de pau explica como gente que nos pôs na crise quer dar palpite
    “Chutzpah” (pronuncia-se “rrutspá”) é uma expressão em ídiche que acabou sendo incorporada ao inglês, detendo inclusive a honra de ter sido usada em uma sentença proferida na Suprema Corte americana por Antonin Scalia, morto no ano passado.
    Alguns a traduzem como “audácia”, ou “ousadia”, mas a melhor definição que ouvi é: demonstra chutzpah o réu que, acusado de matar seus pais, pede clemência à corte por ser um pobre órfão.
    No Brasil, chutzpah também poderia ser exemplificada por economistas cujas ideias e ações quebraram o país lançando manifestos em que defendem as mesmas ideias e ações que quebraram o país.
    Apesar da seriedade do assunto (não do manifesto), não pude conter gargalhadas ao ler reclamações sobre o “esquartejamento” da Petrobras, a decadência da “renascida” indústria naval e a piora da distribuição de renda, entre outras pérolas.
    Como se não fosse o uso irresponsável da Petrobras (incluindo seu aparelhamento para fins de financiamento de caixa dois e roubalheira) que a tivesse levado a se tornar a petroleira mais endividada do mundo.
    Como se pudéssemos ignorar que o símbolo da “renascida” indústria naval seja a Sete Brasil, empresa não só falida como ligada a escândalos de corrupção de toda sorte.
    Como se a piora da distribuição de renda não tivesse já começado sob o governo de Dilma Rousseff, em boa medida por causa da forte elevação da inflação no período.
    Já as medidas de política econômica não são menos ridículas, representando essencialmente uma tentativa de reviver a Nova Matriz, esta sim uma pobre órfã.
    Pede-se, por exemplo, uma regra de política fiscal contracíclica do gasto público, isto é, que o gasto aumente quando a atividade cai e vice-versa.
    A mesma justificativa usada pelo ex-ministro Guido Mantega, por exemplo, em 2010, com a economia crescendo 7,5% e os gastos ainda mais (mesmo descontada a capitalização da Petrobras), que, na prática, sempre significou gastar o máximo, em particular se há uma eleição a vencer…
    Ou a redução na marra das taxas de juros, resultado da subserviência de Alexandre Pombini e asseclas durante seu mandarinato no BC, cujo resultado foi a aceleração da inflação e o retorno do controle de preços para disfarçar essas pressões, com consequência desastrosas sobre a Petrobras (sempre ela!), o setor sucroalcooleiro e o elétrico, para tomarmos apenas os casos mais gritantes.
    Somente chutzpah pode explicar como se opõem à reforma da Previdência e, ao mesmo tempo, pedem mais investimentos públicos e mais gastos com saúde e educação, como se a economia fosse uma fonte inesgotável de recursos a serem utilizados ao bel-prazer pelo governo de plantão, sem nenhuma preocupação com a trajetória do endividamento público.
    Enquanto o país era destruído pelas políticas equivocadas de Dilmas, Arnos, Guidos e Barbosas, muitos dos que hoje se apresentam como paladinos em defesa do Brasil e seus pobres não abriram a boca, a não ser para aplaudir a Nova Matriz, então vista como uma política novo-desenvolvimentista.
    Pensando bem, há uma tradução mais fácil para chutzpah: é a boa e velha cara de pau. É a única coisa que explica como gente que nos jogou na pior crise econômica dos últimos 80 anos ainda se achar no direito de dar palpite pedindo para fazer tudo isso de novo.
    Fonte: “Folha de S. Paulo”, 3 de maio de 2017.
    ajuste fiscalAlexandre Schwartsmaneconomia
    Auxílio-moradia pago a beneficiários custa R$ 88 milhões… Por que o Brasil é roubado pelos seus políticos?
    ALEXANDRE SCHWARTSMAN
    Alexandre Schwartsman foi economista-chefe do grupo Santander Brasil e diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC) durante o governo Lula. Schwartsman formou-se em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em economia pela Universidade de São Paulo (USP). Cursou doutorado em economia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Em sua carreira também constam passagens pelo Unibanco e pelo Bankers’Association (BBA). É colunista do jornal “Folha de S.Paulo”.

  18. Avatar
    Renato Passos says:

    Só será possível um BRASIL “NOVO” E BOM com as bases da civilização ocidental e brasileira RESTAURADAS, CONSOLIDADAS E CONSERVADAS, com sistema judiciário e penal independentes que farão prevalecer as leis que fazem valer a VONTADE DE DEUS ao invés dos “direitos humanos”, com a consolidação de um MERCADO CAPITALISTA com grande liberdade de empreendimento e troca, e finalmente, COM A CRIMINALIZAÇÃO DO SOCIALISMO E DO COMUNISMO, assim como já é o NAZISMO.
    DE JEITO NENHUM a esse “projeto”!!!… De jeito nenhum de dar mais atenção e conciliar com OS MESMOS SOCIALISTAS, COMUNISTAS, PETISTAS, com a mesma MÍDIA ESQUERDISTA, com os mesmos PSEUDO-INTELECTUAIS ESQUERDISTAS, com os FALSOS ARTISTAS e com as mesmas “idéias” de revolucionários imprestáveis, que insistem em uma utopia que lhes dará o valor e prestígio que NÃO TEM!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *