Brasil

O Poder da República tornou-se palco de histrionices e uma passarela de vaidades fora de controle


Estamos diante de quadros preocupantes: jornalistas estão sendo constrangidos no exercício da sua profissão, inclusive com solicitação explícita de demissão, por parte de políticos que se sentem ameaçados pela liberdade de imprensa; sem contar o mandato de condução coercitiva de jornalista, na, aparente, tentativa de quebra de sigilo de fonte, cuja preservação é sagrada no jornalismo.
A prática da demissão a pedido de políticos, não é nova, há políticos que são famosos por exigir a demissão de jornalistas que entendem ser-lhes desafetos. Contudo, o Judiciário impor, por coerção, o depoimento de um jornalista, alegando que o depoente foi constrangido por não ter diploma universitário na área, é, no mínimo, acintoso e absolutamente inaceitável, não só pelo desacato à liberdade de imprensa, como pela judicialização do estado de exceção.
Por falar em Judiciário, o novo ministro do STF, que recém tomou posse, cuja eleição não merece comentários, encontrará um Judiciário em pé de guerra.
O Poder da República, que deveria ser caracterizado pela discrição, tornou-se palco de histrionices e uma passarela de vaidades fora de controle e, aparentemente, incontornáveis.
E as sondas para águas profundas são vendidas, por 5% do valor, para os que adquiriram o pré sal a preço de bananas.
Enquanto isso uma nova lei, a da terceirização, é aprovada por quem deveria representar o povo.
E o pretenso foi a churrascaria ao invés de por ordem no açougue.
Estes quadros nos dão conta do nível de desgoverno em que se encontra o país.
Em passado recente estávamos lutando para construir uma democracia a partir do trabalhador; agora estamos tentando salvar o nosso país de se tornar mera terra arrasada.
Nosso luto vem do verbo lutar!

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