Depois do golpe que sofreu, o Brasíl assiste à imposição do bizarro, e é tanta bizarrice, que, após ser tornado uma mera republiqueta, o país deveria ser rebatizado, e passar a ser chamado de Bizarril!
No Bizarril, quem se apresenta como o anti-Lula é o prefeito da maior cidade do país, que, em sua primeira edição, de mal traçadas linhas, se julga um clássico. E há quem o compre!
No Bizarril todos os culpados por corrupção, na esfera pública, foram encerrados: estão todos aprisionados ao poder, encastelados nos palácios da grande capital.
No Bizarril o melhor amigo do presidente disse que ele sabia de tudo, e de tudo usufruiu. De modo que, parece, descobrimos o chefe da quadrilha, porém, também, parece que, agora, o Ministério Público, embora, tenha sobra de provas, não tem nenhuma convicção.
No Bizarril o goleiro assassino, que alimentou animais com os restos mortais da vítima, uma mulher que, como se fosse mero objeto, usou e mandou matar, é solto antes da hora e sai por aí colecionando “selfies” e propostas de emprego.
No Bizarril juiz ouve mais de 60 testemunhas sobre o caso do triplex, e todas dizem não, contudo, ele, parece, não se dá por satisfeito, ouvirá tantos quantos forem necessários até ouvir um sim. Isto, parece-me, deixou de ser obsessão e passou a ser um abcesso no corpo jurídico nacional. Ou será a nova norma na republiqueta?
No Bizarril, é assim: quanto mais delatado mais favorecido, o Mineirinho que o diga…
No Bizarril, para ser ministro da suprema corte, currículo é o que menos conta, não importa quantas sejam as máculas!
No Bizarril, a aposentadoria por tempo de serviço, na prática, acabou! Assim como acabou o investimento em educação, saúde, moradia e infraestrutura!
É preciso retomar a República Federativa do Brasil, o que só vai acontecer com anulação do impeachment e a convocação de Constituinte Exclusiva, para a reforma política.
Nosso luto vem do verbo lutar!
