Mundo

As marcas de Fidel na África


 
 
Antes de tudo quero expressar minhas condolências pela perda de jovens brasileiros neste recente acidente aéreo.
 
Esta é uma semana muito difícil para homens e mulheres de pensamento progressista no mundo. Claro que estou falando da morte de Fidel. A África não foi uma exceção. Aqui houve numerosas reações, sobretudo porque, não se esqueçam de que em terra africana milhares de cubanos deixaram suas vidas. Não se esqueçam de que a batalha de Cuito Cuanavale foi decisiva para a derrocada do apartheid.
 
[Lebogang Maile/Congresso Nacional Africano:
Nós devemos nossa liberdade ao povo cubano. Nós devemos nossa liberdade política ao povo cubano. Nós devemos nossa consciência ideológica a Fidel Castro.]
 
O próprio presidente Zuma, em seu recente discurso na Praça da Revolução, no ato multitudinário em homenagem póstuma a Fidel, disse: “A derrota histórica das forças racistas consolidou a vitória do Movimento para a Libertação de Angola e também assentou as bases para a independência da Namíbia em 1990, e além disso, levou à própria libertação da África do Sul em 1994.“
 
As expressões de afeto e carinho não vieram só da África do Sul. Os presidentes de Burkina Faso, Namíbia, Angola, Nigéria, expressaram também seu afeto por Fidel. Da Tanzânia o líder do CCM disse que não é possível escrever a história da África sem mencionar a contribuição de Fidel. Reconhece que Fidel foi um amigo da África, e reconhece não só por esta contribuição mas também refere-se sobre a recente batalha contra o Ebola e a intervenção de médicos cubanos a inúmeros países da África.
 
Um companheiro de lutas de Nelson Mandela, prisioneiro com ele em Robben Island, Amhed Kathrada, publicou em um dos jornais mais importantes da África do Sul um artigo falando de sua admiração por Fidel. E recordou que quando Mandela tomou posse, em 1994, a recepção mais calorosa que se deu a um mandatário estrangeiro foi precisamente a que o povo sul africano deu a Fidel. Isto é carinho. Carinho de verdade, que se pode encontrar por todos os lados aqui neste país para com Fidel.
Quando em 1991 Mandela foi a Cuba, visitou Cuba, ele disse: “Venho aqui para pagar uma grande dívida de gratidão que temos com os cubanos.”
O legado de Fidel na África está e estará definitivamente vivo.
 

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