Lula não deve se entregar aos seus algozes

No final da tarde desta quinta-feira (5), após sentença de Sérgio Moro, uma multidão se reuniu no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo em apoio ao ex-presidente Lula. Militantes estão em vigília e defendem que Lula não se entregue.
Em entrevista ao Nocaute o jurista Pedro Serrano afirma que “estão tratando ele como um inimigo, não como cidadão”.
Leia a íntegra:
“A decisão do STF foi uma medida de exceção evidente promovida pelo sistema de justiça brasileiro. E a forma a jato que foi o julgamento do Lula, o julgamento termina de madrugada e de manhã já estava sendo expedida a ordem de prisão dele, demonstra que é realmente uma medida de exceção.
Uma medida suspensiva dos direitos humanos.
O Lula está sendo tratado pelo sistema de Justiça brasileiro como inimigo. Não como um cidadão, e não como um ser humano que é provido de direitos.
Nunca se quis que o Lula fosse tratado mais ou melhor que qualquer cidadão, mas o que estão fazendo é tratar ele a menos do que qualquer cidadão. Estão tratando ele como um inimigo, não como cidadão”.
Em suas redes sociais Gilberto Maringoni afirmou que “Lula não deveria se entregar. Poderia ter pedido asilo. Numa impressionante demonstração de dignidade, negou-se a fazê-lo. Não está em seus planos deixar sua terra.” (Pedro Serrano)
Confira:
“Moro quer o espetáculo.
Moro não quer perder o timing de fechamento das revistas semanais e ter sábado a capa de cada um desses lixos impressos.
Moro quer a edição de hoje do Jornal Nacional só para ele. Quer o Fantástico contando sua vida.
Moro usa e abusa do personagem que criou para si e que foi adotado pela classe média idiotizada, a de justiceiro solitário, a de miliciano de toga, a de matador de aluguel dos tribunais.
Quer o som e a fúria de todas as mídias, aproveitando-se dos efeitos especiais montados pelo STF. Moro encarna o papel de super-herói provinciano, que deve orgulhar papais, mamães, vovôs e vovós a exaltarem como foi longe este menino!
Acima de tudo, Moro excita-se em ser o chefe dos freikorps dos data vênia, o ídolo do fascio verde amarelo. Moro quer Lula em serviço delivery na sua comarca. Quer que o velho metalúrgico enfrente filas de check in, hostilidades e agressões de pitbulls de saguões de aeroportos. Quer que o menino retirante pague a passagem para ser encarcerado.
Lula não deveria se entregar. Poderia ter pedido asilo. Numa impressionante demonstração de dignidade, negou-se a fazê-lo. Não está em seus planos deixar sua terra.
Agora poderia não se entregar. Pelo menos não da maneira que o abutre de Curitiba deseja.
Poderia dizer que venha o espetáculo até mim. Que venham com sirenes e camburões se quiserem. Que tragam jagunços, que passem o ridículo de prenderem o presidente mais popular do planeta quando do exercício do cargo. Que venham ao Sindicato, que venham à minha casa.
Que o ônus do ridículo espetáculo fique no colo dos esbirros da direita.” (Gilberto Maringoni)
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