A escritora gaúcha Lya Luft confessa à Folha que votou em Bolsonaro. Nenhuma surpresa. Não se poderia esperar outra atitude de alguém que dissipou anos de vida sentando a borduna na esquerda em colunas publicadas pela Veja – no período mais sórdido da revista. Não é sectarismo. Sei separar a obra soberba de um Nelson Rodrigues da bajulação dele aos milicos que à noite torturavam seu filho Nelsinho. Não confundo a obra genial de um Vargas Llosa com sua feroz militância ultra neoliberal, anti-Venezuela, anti-Cuba. O problema é que no caso de Lya Luft não há obra alguma para socorrê-la.