Brasil

Professores dos EUA assinam manifesto em defesa de cursos sobre golpe no Brasil

Cem professores das mais importantes universidades norte-americanas, entre elas Harvard, Brown, Princeton e Yale, assinaram uma carta de repúdio pela ação do ministro da Educação, Mendonça Filho, de investigar por improbidade administrativa o professor Luis Felipe Miguel, da UnB, que criou o curso sobre o golpe de 2016
O Movimento “Acadêmicos e Ativistas pela Democracia no Brasil”, criado em 2016 pelo professor norte-americano James Green, da Universidade de Brown, busca acompanhar o processo político democrático no Brasil e responder às ameaças à democracia no país.
“O pedido para que investiguem o professor e o seu departamento é uma séria ameaça à democracia no Brasil”, afirma a carta do grupo endereçada ao ministro da Educação.
Ao Nocaute, o historiador e brasilianista James Green defende que:
A tentativa de censurar o curso de Luis Felipe Miguel da Universidade de Brasília sobre o golpe de 2016 e o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff é muito preocupante para os acadêmicos do mundo inteiro que acompanham a situação no Brasil. Infelizmente agora políticos conservadores estão querendo investigar cursos parecidos em outro estados do país, entre eles Bahia e Rio Grande do Sul. Estas medidas são um ataque direto ao direito de liberdade acadêmica e autonomia universitária e lembrem das restrições com o decreto-lei nº 477, de 26 de fevereiro de 1969, também chamado de “AI-5 das universidades“, baixado pelo então ditador general Artur da Costa e Silva que punia professores, alunos e funcionários de universidades acusados de subversão ao regime com expulsão. A reação do Professor Bryan McCann, historiador da Georgetown University e Presidente da Brazilian Studies Association (BRASA) e cem acadêmicos brasilianistas fica claro. Condenamos estas medidas arbitrárias e anti-democráticas.

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