Boletim da evolução da pandemia de Coronavírus no Brasil e nos 25 países mais afetados. Atualizado todos os dias às 20hs, junto com os dados do dia anterior, para efeito comparativo.
Covid-19 no Brasil e no mundo – 17 Julho 2020
Em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (17), a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os números de proliferação de casos da covid-19 no Brasil estão se estabilizando e que o país tem, pela primeira vez, a “oportunidade” de iniciar um caminho em direção ao controle da doença. Os números diários estão se estabilizando em cerca de 40 a 45 mil casos. “Não estamos vendo o aumento que tivemos no mês de abril e maio, quando vimos uma taxa elevada de crescimento”, afirmou Michael Ryan, diretor de operações da OMS. Segundo ele, entre os meses de junho e julho um “platô está ocorrendo” mas ele alerta que “O que não ocorreu é que essa doença não está descendo a montanha”, “Os números se estabilizaram. Mas o que não fizeram é começar a cair de uma forma sistemática e diária. O Brasil está ainda no meio da luta”. Para ele “Há um platô, há uma oportunidade para o Brasil empurrar a doença para baixo, para assumir o controle. Para suprimir o vírus”.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou documento nesta sexta-feira (17) reafirmando ser contra o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Desta vez, a SBI cita estudos publicados na quinta-feira (16) para alertar que a droga deixe de ser utilizada por pacientes em qualquer fase da doença, inclusive na sua prevenção. A SBI avalia que “dois estudos clínicos robustos” publicados em “revistas médicas prestigiosas” avaliaram o uso do medicamento no tratamento precoce. Os estudos comprovaram que a droga não foi eficaz e ainda trouxe complicações aos pacientes.
Diante dos novos estudos, a SBI lista como “urgente e necessário”:
- “que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da Covid-19”
- “os agentes públicos, incluindo municípios, estados e Ministério da Saúde reavaliem suas orientações de tratamento, não gastando dinheiro público em tratamentos que são comprovadamente ineficazes e que podem causar efeitos colaterais”
- “que o recurso público seja usado em medicamentos que comprovadamente são eficazes e seguros para pacientes com COVID-19 e que estão em falta”
Visão diária dos principais indicadores da pandemia pelo mundo
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Com 1.163 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil segue sendo, pelo décimo segundo dia consecutivo, o país com o maior número de mortes diárias pela Covid-19.
Os três países com as maiores taxas de letalidade (relação entre casos confirmados e mortes) são Reino Unido com 15,4% (para cada 1.000 infectados, 154 vão a óbito), Itália (14,4%) e França (14,3%).
Nas últimas 24 horas, os três países com o maior número de novos casos são Estados Unidos (77.049 novos casos), Índia (34.956) e Brasil (34.177); os três países com as maiores taxas de crescimento percentual de casos em relação ao dia anterior são Colômbia (4,9%), África do Sul (4,1%) e Índia (3,6%).
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Nas últimas 24 horas, os três países com o maior número de mortes são Brasil (1.163 mortes no dia), Chile (1.057) e Estados Unidos (916); os três países com as maiores taxas de crescimento percentual de mortes em relação ao dia anterior são Chile (14,5%), Argentina (4%) e Colômbia (3,7%).
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No acumulado da semana (últimos 7 dias), os três países com as maiores taxas de crescimento de casos confirmados são África do Sul (34,7%), Colômbia (29,3%) e Argentina (26,6%); os três países com as maiores taxas de crescimento de mortes são Colômbia (28,3%), África do Sul (24,5%) e Chile (23,1%).
Os dados foram publicados pela Johns Hopkins University e Worldmeter.
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