O polêmico Abraham Weintraub não é mais o ministro da Educação. A saída foi anunciada às 16 horas desta quinta-feira (18), no dia em que o noticiário estava totalmente voltado para a prisão de Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro, filho do presidente da República. Em um vídeo ao lado de Jair Bolsonaro, Weintrabub agradeceu ao presidente e disse que “não é o caso de discutir minha saída”.
E fez um último pedido ao presidente: “Posso lhe dar um abracinho?” E deu, ambos sem máscara, ignorando o distanciamento social aconselhado pela Organização Mundial de Saúde. Bolsonaro estava com um olhar vago, visivelmente abatido.
Weintraub vinha provocando polêmicas quase que semanais desde que assumiu o Ministério da Educação. Falou em balburdia nas universidades públicas, gravou um vídeo com um guarda-chuva dizendo que estava “chovendo fake News”, mas o mais grave foi sua fala na reunião ministerial do dia 22 de abril, em que revelou: “se dependesse de mim, esses vagabundos estavam na cadeia. A começar pelo STF”.
Weintraub, que não fez nada de bom para a educação do país, deve ganhar um cargo no Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.
Hoje cedo, Weintraub, já sabendo que ia deixar ministério, revogou as cotas para negros e indígenas em pós-graduação. Foi o seu último ato.
Veja o vídeo em que Weintraub anuncia seu desligamento do Ministério da Educação.
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