Brasil

No dia seguinte, Bolsonaro tenta amenizar sua fúria de domingo

Não é mais de se espantar a participação do presidente Jair Bolsonaro em pequenas em médias manifestações a seu favor. Mas, na manhã de domingo (19), a surpresa foi o presidente aparecer uma manifestação explícita, exigindo a volta do regime militar, o fechamento do Congresso e do STF, além do Ato Institucional número 5, o temível AI-5.

Bolsonaro chegou sem máscara, de camisa vermelha e, depois de subir numa caminhonete branca, começou a falar sem parar e, tossindo (não se sabe se propósito ou não) ele disse: “Nós não queremos negociar nada!” e voltou a criticar o que chamou de “velha política”. Mais tarde, participou de uma live com o ex-deputado Roberto Jefferson, um dos tradicionais nomes da velha política.

A reação da participação de Bolsonaro na manifestação pró-ditadura foi imediata. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que “defender a ditadura é estimular a desordem. O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos”.

O ministro Luís Roberto Barroso disse ser “assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia”.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, não comentou.

Na manhã desta segunda-feira (20), ao sair do Alvorada, Bolsonaro amansou, como de costume, no dia seguinte. Disse que respeita o Congresso e o STF, e que não quer “fechar nada”, quer apenas “voltar ao trabalho”.

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