A revista Veja publica na edição que começou a circular nesta sexta-feira (14), fotos do cadáver do ex-capitão do Bope, o miliciano Adriano da Nóbrega, que reforçam as suspeitas de queima de arquivo, e diz que a morte de Adriano pode ter sido precedida por torturas. E aumenta o mistério quando afirma que não há marcas de balas disparadas pelos policiais nas paredes do sítio no interior da Bahia, onde o miliciano teria sido assassinado.
A Veja traz uma reportagem de capa recheada de fotos do cadáver do miliciano, feitas após a necrópsia. Legistas aos quais foram submetidas as fotos – sem que estes soubessem de quem é o corpo – afirmam, em resumo:
1 – O cadáver tem um corte na testa que pode ter sido provocado por coronhada, golpe de facão ou queda.
2 – Ao lado do mamilo esquerdo o cadáver apresenta uma circunferência roxa, que pode ser resultado de queimadura com a boca do cano ainda incandescente de um fuzil.
3 – O enorme orifício de bala no pescoço do capitão indica que o tiro foi dado a curta distância (15 cm ou 40 cm, segundo cada um dos legistas) e de cima para baixo – ou seja, com o corpo já estendido no chão.
A reportagem afirma ainda que um vizinho teria ouvido gritos de pedidos de socorro momentos antes do tiroteio.
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