No país do presidente sem partido, o vai-e-vem de medidas do governo, de atos de juízes que não se entendem, vão e voltam em suas decisões, esperar o que? O barquinho à deriva vai…
Parece uma pergunta de resposta óbvia.
O presidente sem partido!
E parece que tem tanta propriedade para isso, que dispensou o partido pelo qual foi eleito.
Mas, um rápido sobrevoo sobre o seu mandato parece por em dúvida o óbvio.
O caso mais recente é o pacote anti-crime do ex-juiz.
A esquerda trabalhou bastante sobre o pacote e, entre mudanças, inseriu o juiz de garantias.
Essa nova figura no judiciário promoveria imparcialidade, uma vez que um seria o juiz responsável pela fase da investigação (o juiz de garantias) e outro o que operaria o julgamento.
O ex-juiz não gostou… a imparcialidade não foi bem vinda!
O presidente sem partido, contudo, não vetou.
Deu a impressão de que mandava!
O presidente do STF gostou da ideia… só pediu mais tempo para implantá-la.
O ex-juiz teria de absorver a derrota!
Veio, então, um juiz de plantão do STF, vice-presidente, e anulou a liminar do presidente do judiciário, disse que a imparcialidade custaria caro, e adiou a implantação sine die.
Claro, o plenário pode rever isso, mas, agora, sim, custou caro:
O Ministro, na prática, vetou o que o presidente sem partido não quis vetar…
Desrespeitou o presidente do judiciário e desprezou o Congresso.
E o plenário não tem data estabelecida para analisar a questão.
Olha o ex-juiz…
Aliás, o presidente sem partido ameaçou dividir o ministério do ex-juiz, mas, pasmem, voltou atrás!
O presidente eleito, às vezes, parece estar em pleno gozo de férias.
Por exemplo, se fosse depender dele a maldita reforma da previdência, obra do ministro da economia, não teria passado.
Não porque não o quisesse, mas, por inação.
Porém, o presidente da câmara pegou a causa do inferno e fez a reforma.
Olha o ministro da economia…
O presidente eleito, curiosamente, não faz diplomacia, sofre a diplomacia…
Ele deu tudo o que o presidente estadunidense pediu em relação a OMC (Organização Mundial do Comércio).
E o presidente estadunidense, que corre o risco de não mais o ser, não cumpriu nada do que prometeu em troca da subserviência!
E, depois, o presidente estadunidense cometeu um ato de guerra ou terrorismo de Estado… a escolha não muda o resultado.
E o presidente eleito apoiou.
E o presidente estadunidense deportou um grande número de brasileiros da forma mais vexatória possível, com algemas nas mãos e nos pés, e o presidente sem partido disse, em outras palavras, que jamais pediria ao presidente estadunidense para tratar bem os brasileiros e brasileiras!
E os que agradeciam por não estar aqui sob o presidente sem partido, ficaram sem escolha.
Olha o presidente estadunidense…
Tem muito mais casos, mas, haja espaço…
Afinal, quem governa o Brasil?
Parece que um bocado de gente, menos o presidente eleito.
Nosso luto vem do verbo lutar!
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