Demorou treze dias para que o Ministério Público em Brasília pedisse a abertura de inquérito criminal para investigar suspeitas sobre Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. No dia 15, o jornal Folha de S.Paulo fez a denúncia e um silêncio em torno do caso permaneceu.
O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato e patrocínio de interesses privados na administração pública, valendo-se da condição de servidor. As penas previstas para esses casos variam de um mês a 12 anos de prisão.
A Folha informou que Wajngarten é sócio majoritário de uma empresa que recebe dinheiro de emissoras de TV (entre elas Record e Bandeirantes) e de agências de publicidade contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.
O presidente da República ainda não comentou o pedido do Ministério Público. Ao chegar de uma viagem à Índia, Bolsonaro mudou de assunto e anunciou que vai demitir o secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, depois de ele ter utilizado avião oficial em viagem para a Índia.
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