O ministro da Economia Paulo Guedes não foi feliz ao dizer nesta terça-feira (21) em Davos, na Suíça, que “a pobreza é a maior inimiga do meio ambiente” e que “os pobres destroem porque estão com fome”.
Entidades ligadas ao meio ambiente rebateram as declarações de Guedes, poucas horas depois. Para Luiza Lima, do Greenpeace, “pobres não são responsáveis, são vítimas. Eles sofrem mais os impactos da destruição dos rios, das florestas e dos ecossistemas. São eles os mais vulneráveis a furacões, tornados, enchentes e secas, que aumentam com a destruição do meio ambiente”.
Já Raul Valle, diretor de Justiça Sócio-Ambiental do WWF-Brasil, respondeu a Guedes afirmando que “no caso do Brasil, não é verdade que se está desmatando para comer. Grande parte do desmatamento é para especulação imobiliária”.
Para o pesquisador Carlos Nobre, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, “o modelo de desmatamento no Brasil não reduziu a pobreza, mas concentrou a riqueza na mão do grande agronegócio”.
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