Brasil

Toffoli reage ao discurso de Guedes: “Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado”.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, reagiu menos de 24 horas depois do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que não “é pra se espantar se alguém pedir o AI-5, caso manifestantes tomem as ruas em protesto contra o governo”, a exemplo do Chile, da Argentina, do Equador e da Colômbia.

Durante o Encontro Nacional do Poder Judiciário em Maceió, Toffoli afirmou que “não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado”.

É sempre bom lembrar que o Ato Institucional número 5, assinado no dia 13 de dezembro de 1968 pelo presidente Arthur da Costa e Silva, fechou o Congresso, suspendeu os direitos individuais dos cidadãos, instituiu a censura, prendeu políticos e artistas e mergulhou o Brasil num dos períodos mais sombrios da História.

No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também criticou a declaração de Guedes, afirmando: “Usar AI-5 para criticar radicalismo não faz sentido”. Maia disse ainda que “o uso recorrente da palavra gera insegurança sobre o intuito do governo”.

Do Hospital Sírio-Libanês onde iniciou sua terceira sessão de quimioterapia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), postou um Twitter comentando a declaração de Guedes: “Avise se pedirem o AI-5 de novo para eu sair do hospital e ir pra rua protestar contra”.

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