Uma situação inimaginável em qualquer país do mundo. O presidente da República, que aparentemente não tem o menor controle sobre suas postagens nas redes sociais (“tem mais gente que tem a senha”), publicar um vídeo – e no dia seguinte pedir desculpas – em que ele aparece como um leão, cercado de hienas por todos os lados. Hienas com logotipos que ficam atazanando a vida do leão, não dando sossego ao rei dos animais. Hienas com logotipos da Globo, Veja, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, STF, CUT, OAB, ONU, CNBB, PC do B, PT, PSOl, PSL, Movimento Feminista, entre outros.
O vídeo, de acabamento tosco, provocou a ira imediata de alguns envolvidos, principalmente do Supremo Tribunal Federal. O ministro Celso de Mello disse que a postagem evidencia que “o atrevimento presidencial parece não encontrar limites”.
Ao perceber a piada de mau gosto, Bolsonaro retirou a postagem alguns minutos depois. Tarde demais. O vídeo se multiplicou e foi visto por milhões de pessoas. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo (mostrado no vídeo como uma das hienas), Bolsonaro tentou apagar o fogo que ele mesmo espalhou: “Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido.
Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação”, disse ele. O presidente tirou o nome do filho da confusão, dizendo que “a responsabilidade foi toda minha”. Responsabilidade ou irresponsabilidade?
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