Brasil

Quem sobreviver verá!

Olhando assim as primeiras páginas dos principais jornais do país, concluímos que, com a reforma da Previdência aprovada pelo Senado, a economia vai decolar, o desemprego vai cair e os aposentados vão ter uma vida pra lá de boa.

No Estadão:

Assim mesmo, em letras garrafais. A foto mostra treze homens engravatados, batendo palmas, felizes da vida. Apenas uma mulher, que sorri. O Nocaute pergunta: Estão rindo de quê?

No Globo:

Acima da manchete, de seis colunas, o olho: “Vitória Histórica”. Na foto, Flávio Bolsonaro tira uma selfie com o ministro Paulo Guedes. Sem um pingo de vergonha.

Na Folha:

Afeta em que sentido? A Folha não correu o risco de colocar uma foto ridícula da comemoração no Senado. Preferiu unir quatro fotos menores do povo nas ruas no Chile, na Bolívia, na Catalunha e no Líbano.

O que mais foi notícia?

Na Folha:

Vitória de Evo Morales é contestada.
Presidente chileno pede desculpas pela crise.
Geddel condenado a 14 anos.
Eduardo esquece embaixada em Washington.

No Globo:

Joice põe lenha na fogueira
Deputados são soltos pela Assembleia Legislativa do Rio
Supremo cogitas prisão após recurso no STJ

No Estadão:

Comandante da Marinha compara óleo a bombardeio
O pedido de perdão do presidente chileno
E a direita não engole a vitória de Evo Morales na Bolívia

Na capa da Ilustrada, da Folha, o lançamento do livro Não diga que a canção está perdida, a biografia de Raul Seixas, escrita pelo Jornalista Jotabê Medeiros.

Na capa do Segundo Caderno do Globo, o filme Pacificado, que mistura ficção e realidade numa favela do Rio. Filme premiado no Festival de San Sebastián, será apresentado na quinta na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Na capa do jornal francês Libération, finalmente 1984 chegou. O grande irmão está de olho em você.

Na capa do semanário Charlie Hebdo, mais uma caricatura do caricato Boris Johnson.

A revista britânica New Scientist publica uma matéria interessante sobre a araponga-da-Amazônia (Procnias albus), com 30 centímetros da ponta do bico à da causa, pesando aproximadamente 220 gramas, a ave emite o som mais alto dos animais, 125 decibéis, pouco menos que uma turbina de um avião. O estudo foi feito pelos pesquisadores Mario Cohn-Half, do Departamento de Biodiversidade do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Jeff Podos, professor de biologia da Universidade de Massachusetts, autor do artigo publicado na revista de referência Current Biology. Ouça o canto da araponga-da Amazônia, que vive nos estados de Roraima e Pará.

Nas redes sociais, o presidente Bolsonaro é motivo de piada

Na página A2 da Folha, o cartum de Hubert, seguramente vai provocar queixas dos politicamente corretos.

Notícias relacionadas