Brasil

#chiledespertó

O Chile despertou e foi parar nas manchetes dos nossos principais jornais que, nas primeiras páginas, preferem esconder o motivo do despertar e falam apenas da violência.

O Globo:

Estadão:

Folha:

O Valor preferiu não tocar no assunto e manchetou:

O Valor é um jornal de economia e o problema do Chile é a economia. Mas o jornal preferiu silenciar-se.

As fotos nas primeiras páginas deixam bem claro que o problema são os manifestantes que estão destruindo o país. Não há uma palavra sequer sobre os motivos.

Os chilenos estão nas ruas contra as privatizações e a reforma da Previdência
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Na Folha, a análise de Sylvia Colombo é para se ler. Ela coloca alguns pingos nos iis, mostrando que o Chile pode ser o Brasil amanhã.

O jornal conservador El Mercurio tenta colocar panos quentes, acreditando que o governo chileno vai saber contornar a situação.

Ainda na América do Sul, os jornais noticiam na primeira página o segundo turno nas eleições bolivianas entre Evo Morales e Carlos Mesa.

Os argentinos irão às urnas no final de semana e a perspectiva da oposição ganhar, não aparece em nossos jornais.

No quesito Brasil, a crise no PSL continua firme e forte, ainda sem destino. Enquanto isso, Bolsonaro voou para o outro lado do mundo, para uma viagem de cinco dias. Já está no Japão.

Nenhuma linha sobre os vazamentos do Intercept no fim de semana. Trataremos desse assunto no nosso blog.

Pelo mundo

A análise do jornal francês Le Monde, mostra com todas as palavras o que está acontecendo no Chile.

Explosão de fúria socialO aumento do preço da passagem de metrô, foi a gota d’água que fez transbordar o copo, estima Carlos Ruiz, sociólogo e presidente da Fundação Nodo XXI. Essa explosão de fúria social está diretamente ligada `privatização da vida cotidiana: a saúde, a educação, a aposentadoria, a água… Aqui, o cidadão é, cada vez mais, considerado como um consumidor”.

Le Monde – Tradução Alberto Villas

O abandono dos Curdos está na capa da alemã Der Slpiegel e na britânica Economist.

O laranjal do PSL podre surgiu nas redes sociais.

Registramos a capa da New Yorker, sempre um colírio para os olhos. Os traços são de Liniers.

Destacamos também duas revistas de estilo, com capas curiosas

A Brutus japonesa

E a GQ americana

E pra finalizar, o Bozozilla, do Aroeira

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