Eis que de repente, é anunciado o duelo do século – Gilmar X Janot – que não aconteceu.
A notícia surgiu na capa da revista Veja e matérias no Estadão e na Folha. O ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, revelou que foi armado ao Supremo Tribunal Federal (STF), pronto pra matar o ministro Gilmar Mendes. Hoje cedo, Gilmar já declarou que Janot precisa procurar ajuda psiquiátrica.
A sexta-feira começou quente com novos vazamentos obtidos pelo site The Intercept e divulgados pelo UOL. Eles revelam as tenebrosas transações do procurador Deltan Dallagnol fora do país. O homem do PowerPoint dessa vez foi longe demais.
A decisão, ontem à noite do STF de anular sentenças da Lava Jato, inclusive da do ex-presidente Lula, está nas manchetes dos principais jornais do país.
Perceba que o jornal mais conservador e reacionário – O Globo – usa a palavra “ameaça”.
Lembrando que o Jornal Nacional de quinta à noite, escondeu o ministro Gilmar Mendes citando o Intercept.
As primeiras páginas dos jornais destacaram ainda:
Ocultar foi o que a imprensa brasileira – exceto a Folha – com os vazamentos do Intercep.
A foto principal da Folha é a tensão no Afeganistão
Na primeira página do Globo, amplo espaço para o Rock in Rio, que começa hoje. Produto da casa.
A morte do ex-presidente francês, Jacques Chirac, aos 86 anos, bem discreta nas primeiras páginas.
A Folha pisa na bola ao dar uma matéria sobre a foto fake postada ontem por Eduardo Bolsonaro, publicando apenas a foto falsa. Ora, como se publica uma montagem, sem mostrar a foto original?
Na capa da Carta Capital, uma boa manchete: Alucinado.
A revista mostra as informações erradas do presidente da República no discurso na ONU, além das mentiras e as agressões a diversos países. Sem contar o “I love You” que disse ao seu colega americano.
No espanhol El País, a ativista Greta Thunberg reage aos deboches de Trump.
A manchete principal do jornal Italiano La Repubblica é: “Tire as mãos da nossa Terra”
O Libération usou, na capa, o apelido de Jacques Chirac – Chi Chi – para anunciar sua morte. No conservador Le Figaro, um “adeus”.
O cartunista Allan Sieber, sempre muito bom nas páginas da revista Época.
E o Aroeira, sempre contundente e acertando na mosca, nas redes sociais.
