Brasil

Como começou a quarta-feira

Começou ainda com respingos das declarações infames do presidente Bolsonaro, que soaram mal em todos os sentidos.

As manchetes de primeira página:

O Globo
Folha de S.Paulo
Estado de S.Paulo

Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, o presidente da República deixa claro que ainda vem muita bobagem pela frente. Ele declarou ao jornal: “O dia que não apanho da imprensa, eu até estranho” e também “Se eu estivesse preocupado com 2022 não dava essas declarações”. Pensando bem, deve ser o contrário. O presidente não quer perder seus fiéis seguidores, aqueles de extrema-direita, que pensam como ele.

A Folha revela a irritação do chanceler francês Jean-Yves Le Drian, que viu cancelada sua reunião com Bolsonaro, que preferiu cortar o cabelo e que, como Sansão, acabou perdendo a força depois de sua live-coiffeur.

Brasilia DF 29 07 2019 Jair Bolsonaro corta o cabelo nesta segunda feira – Foto Twitter

O Estadão, sendo o Estadão, diz na primeira página que o governo quer acordo ‘ambicioso’, com cotas de importação com menos tributos.

No editorial da Folha: “Em série de declarações, como o ataque sórdido ao pai do presidente da OAB, Bolsonaro escancara despreparo, leviandade e inclinações autoritárias”.

Até o colunista Ruy Castro, crítico feroz do PT, derruba o mito em seu quadradinho na página A2.

O Estadão, temeroso, alerta que

E a declaração do juiz Marco Aurélio Mello, dizendo que seria interessante colocar uma “mordaça” em Bolsonaro? Nada nas primeiras páginas.

Ministro do STF sugere que o presidente da República use mordaça
Ilustração Nocaute

O mesmo Estadão foi o único que não registrou o ato em favor do jornalista Glenn Greenwald e da liberdade de expressão, ontem à noite, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. Até o Jornal Nacional, na noite de terça-feira, registrou o ato, “com a presença de Chico Buarque e Camila Pitanga”.

Palmas para a Folha pelo retorno brilhante de Gregório Duvivier, com sua coluna semanal. Vale a leitura da reestreia.

Na revista Superinteressante de agosto, chegando às bancas, o futuro chegou. A partir de março de 2023, a Suécia vai acabar com o dinheiro físico, notas de papel e moedas. A Suécia foi o primeiro país a eliminar a escrita com lápis, caneta e papel nas escolas. Todos os estudantes só usam computador, notebooks e celulares em seus estudos. Ninguém por lá vai saber mais qual é a letra dos alunos.

No Twitter, as palavras de Glenn Greenwald:

Na nossa memória, ficou essa postagem do Estadão:

Pelo mundo, temos os 50 anos do Festival de Woodstock na capa da Der Spiegel, a semanal alemã de informação.

Temos um ótimo cartum de Lukas, no site do jornal argentino Página 12.

Lukas

E, pra terminar, o traço implacável de Angeli, no site da revista Piauí.

Angeli

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