Brasil

Como começou a quarta-feira

A operação Scoofing, que prendeu quatro pessoas, inclusive um DJ de Araraquara, a capital mundial da laranja, ganhou as manchetes de hoje.

Os principais jornais do país se mobilizaram para dar uma manchete que impressiona. Tipo “pegaram os bandidos, pegaram os criminosos, começaram a desmantelar uma organização criminosa”. O ministro da Justiça, Sergio Moro, deve ter acordado sorrindo.

(O Globo)
(Estado de S.Paulo)
Folha de S.Paulo

No Correio Braziliense: “PF prende quatro suspeitos de hackear celular de Moro”


No Valor Econômico, a manchete é a principal do dia:

(Valor Econômico)

A privatização da BR mereceu uma chamada na primeira página do Estadão e uma micro chamada na Folha que, com uma lupa, você vai encontrar.

Fazendo uma pequena reflexão: A polícia não sabe onde foi parar o Amarildo, não sabe quem mandou matar Marielle, não sabe onde está o Queiroz, mas prendeu rapidinho suspeitos hackers suspeitos de terem invadido o celular do homem que comanda a Polícia Federal.

Um lado empolgante e animador nas primeiras páginas do Estadão e da Folha são as fotografias. No Estadão, a fila interminável – de até 6 horas – do povo querendo ver as obras de Tarsila do Amaral, inclusive do exilado Abaporu. Na Folha, a foto mostra uma multidão dentro do Masp, fazendo até selfie com as obras de Tarsila.

O Globo preferiu, como foto principal, o novo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Toby Melville/Reuters – 23.7.2019

Encontramos dois cartuns da nova estrela da política britânica, que vale a pena reproduzir aqui. O Boris do espanhol Agustin Sciammarella, publicado no jornal El País, e o Boris do português André Carrilho, que saiu no Diário de Notícias, de Lisboa.

Na Folha, vale a pena a leitura do artigo de Breno Altman, editor do site Ópera Mundi, sobre a situação na Venezuela, focando no líder da oposição Juan Guaidó e suas trapalhadas. Altman pergunta no título do seu artigo: “Por que Nicolás Maduro sobrevive?”

Pelo mundo, o jornal argentino publica um texto do professor português Boaventura de Souza Santos, em que pergunta: “E agora, Brasil?” Onde vamos chegar é uma pergunta que está no ar e na cabeça de todos os que não votaram em Jair Bolsonaro.

A charge de Daniel Paz-Rudy, no Página 12, apesar de falar da Argentina, cai como uma luva para nós, brasileiros.

A capa de hoje é da revista espanhola Panenka, considerada a melhor e mais inteligente revista de futebol do mundo. Panenka, este mês, faz uma viagem aos anos 1960.

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