Brasil

Diretor do Inpe diz que fala de Bolsonaro é “conversa de botequim”

Os jornalistas estrangeiros que se reuniram com o presidente Bolsonaro, devem ter saído do encontro desnorteados. Depois de cochichar com o chefe da Casa Civil, “chamando os governadores do Nordeste de “Paraíba” e dizer que o do Maranhão “é o pior de todos”, o presidente chamou a colunista do Globo, Miriam Leitão, de “ex-guerrilheira”, disse que não tem brasileiro passando fome e que os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento da Amazônia são fajutos. Quer dizer, o “professor” Bolsonaro ensinou tudo errado.

No sábado (20), o presidente do Inpe, Ricardo Magnus Osório Galvão, respondeu ao presidente, afirmando que as declarações de Bolsonaro parecem “conversa de botequim”.

Galvão disse que “esses dados sobre desmatamento da Amazônia, feitos pelo Inpe, começam já em meados da década de 1970 e a partir de 1988 nós temos a maior série histórica de dados de desmatamento de florestas tropicais respeitada mundialmente”. O presidente do Inpe ainda mandou um recado para Bolsonaro:

“Fazer uma acusação em público esperando que a pessoa se demita, eu não vou me demitir”.

Quanto as outras declarações, os governadores do Nordeste divulgaram uma nota pedindo respeito à região, a defesa de Miriam Leitão, também desmentindo Bolsonaro, foi ao ar no Jornal Nacional de sexta à noite, afirmando que “quem está mentindo não é a jornalista” e com respeito a fome, basta ver que o Brasil voltou ao Mapa da Fome. É só ler os números.

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