Como se não bastasse o então deputado federal, Jair Bolsonaro, homenagear, em 2016, ao vivo e em rede nacional, o coronel Brilhante Ustra, um dos maiores torturados da história do Brasil, ontem, o Exército brasileiro fez homenagem, via Twitter, ao major alemão Eduard Ernest Tito Otto Maximilian von Westernhagen.
O major foi combatente do exército nazista, homenageado por Adolf Hitler e morto por militantes de esquerda no período da ditadura militar.
Prestamos hoje homenagem ao oficial de nação amiga, Major do Exército Alemão Otto Maximilian, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército que, em 1º de julho de 1968, foi assassinado no Brasil.https://t.co/A3XS7QgXnz pic.twitter.com/YbxMUPeZjJ
— Exército Brasileiro (@exercitooficial) July 1, 2019
Deu na Carta Capital
Segundo o jornal Folha de S. Paulo noticiou em 2 de julho de 1968, Otto chegou a ser condecorado por Adolf Hitler e permaneceu no Exército depois do fim da guerra.
A publicação do Exército explica que o major estava no Brasil para participar de um intercâmbio de estudos militares, além de “apresentar ao mundo o valor do Exército da Alemanha, tentando desfazer a imagem negativa deixada na 2ª Guerra Mundial.”. Ele teria chegado ao País em 1966.
No entanto, o major teria sido confundido com o boliviano Gary Prado, que participou da captura de Che Guevara e também fazia o curso, e foi morto pelo Comando de Libertação Nacional (Colina), um grupo guerrilheiro brasileiro. O texto divulgado fala ainda que Otto foi “um sobrevivente da 2ª Guerra Mundial e das prisões totalitárias soviéticas, cuja vida foi encurtada por um ato terrorista insano e covarde”.
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