Em um evento na Assembleia de Deus, em Goiânia, o capitão disparou: “Será que não está na hora de termos um ministro do STF evangélico?”. “Não me venha a imprensa dizer que quero misturar a Justiça com religião.” “A palavra, a fé, tem que estar presente em cada instituição do Brasil”, disse Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira (31), em Goiania, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Bolsonaro cobrou nesta sexta-feira a presença de um ministro evangélico no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele também questionou a religiosidade dos atuais ministro. “Existe algum entre os 11 ministros do STF evangélico, cristão?”, disse.
O capitão disse que o Estado é laico, mas ele, cristão. “Se me permitem plagiar a ministra Damares, eu também sou terrivelmente cristão.”
A indicação de ministros do Supremo é uma atribuição do presidente da República, que, posteriormente, precisa ser aprovada pelo Senado. Até o final do mandato, Bolsonaro poderá indicar ao menos dois ministros.
O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a corte é o decano Celso de Mello, que completa 75 anos (idade de aposentadoria obrigatória) em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.
Bolsonaro já disse que a primeira vaga está reservada ao ministro da Justiça Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato.
Pedindo desculpas ao STF, a quem afirmou não querer atacar, disse: “Desculpa o Supremo. Eu jamais atacaria um outro poder, mas não estão legislando?”
Em mais uma crítica à imprensa, acrescentou: “Não me venha a imprensa dizer que quero misturar a Justiça com religião”.
“Nós mais uma vez mostramos que a imprensa está errada e neste momento os senhores têm um presidente da República e um governador que estão fazendo de tudo para que tudo aquilo que foi prometido durante a campanha seja realizado efetivamente ao longo do mandato”, afirmou.
Sob fortes aplausos e gritos de “mito”, Bolsonaro encerrou o discurso de 17 minutos. “A palavra, a fé, tem que estar presente em cada instituição do Brasil”, disse.
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