Uma das manchetes do UOL hoje, 07/05, é: “Quatro anos após perda bilionária com corrupção, qual o futuro da Petrobras?” É a mesma ladainha difundida pela dupla Moro & Dallagnol que, partindo de uma investigação meritória sobre corrupção nos altos escalões da empresa, desvirtuaram a ação policial/judicial e a transformaram num processo político que quase destruiu a empresa. Vaidosos, boçais e parciais, agiram como atores políticos encobertos pelo manto da justiça.
Vamos aos fatos. Brigar com fatos é coisa de estúpidos e ignorantes (perfil de parte considerável das pessoas que comandam o país na atualidade):
– De 2003 a 2010, durante os mandatos do ex-presidente Lula, a Petrobras acumulou lucros da ordem de R$ 246 bilhões;
– Entre 2011 e 2013, no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, os lucros foram de R$ 77 bilhões;
– Em 2014 e 2015, sob o impacto da Lava Jato, e tendo sua imagem quase destruída pela mídia que alavancou a operação de Curitiba, os prejuízos da empresa foram de R$ 66 bilhões;
– Segundo o UOL, 07/5, com dados da dupla Moro & Dallagnol (tão confiáveis quanto os próprios, mas vamos tomá-los como verdadeiros), o prejuízo da empresa, com as ações de corrupção, foi de R$ 6 bilhões.
(Todos os números são oficiais, da própria empresa, e publicados pelos “esquerdistas” O Globo e Folha de S. Paulo)
Qual o saldo na grande estatal brasileira das gestões petistas?
Desempenho empresarial ainda, mesmo no Brasil (!), é medido de forma objetiva, portanto vamos aos números. É só fazer as contas em cima dos resultados da empresa no período 2003-2015:
R$ 246 bi + R$ 77 bi – R$ 66 bi – R$ 6 bi = R$ 251 bilhões
O que chama a atenção? O suposto, que tomamos como verdadeiro, prejuízo com a corrupção representou 2,4% dos resultados da empresa! Impacto ridículo face à lucratividade. É corrupção, tem que ser apurada, é claro. Mas a apuração deveria ser séria e não manipulada.
Ou seja, o partido, o PT, que segundo a mídia hegemônica nacional destruiu (sic) a Petrobras, foi capaz de gerar mais de 1/4 de trilhão de reais em lucros para o governo & para os acionistas privados da empresa enquanto esteve no comando da mesma.
Por que não fazem as contas?
Porque é mais fácil manipular e convencer os ingênuos e desinformados de suas teses, mesmo que elas não guardem qualquer, mínima, aderência à realidade.
O ataque ao PT e a tentativa de destruição da imagem da empresa nos anos 2014-2016, tinham – e continuam a ter – objetivo claro: desnacionalizar o setor petrolífero ainda mais, repassando ao setor privado a riqueza brasileira em reservas de hidrocarbonetos, riqueza, como o Pré-Sal, que pertence ao conjunto da nação.
Tão simples quanto.
(*) Baiano de Salvador, Claudio Guedes é físico e empresário.
