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Centrais sindicais fazem ato unificado no Anhangabaú contra a reforma da Previdência

É a primeira vez que as centrais sindicais brasileiras se unem em um ato unificado de 1º de maio. A mobilização foi organizada conjuntamente pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, CGTB, Nova Central, CSP-Conlutas, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. Greve geral é anunciada para 14 de junho.

Neste ano, o ato unificado tem como lema “Em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras – Contra o Fim da Aposentadoria por mais Empregos e Salários Decentes”.

“A principal razão para que o evento seja realizado em unidade é a luta contra a reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL) que, se aprovada, irá impedir os brasileiros de acessarem o direito à aposentadoria ao estabelecer regras difíceis de serem atingidas”, disse comunicado da Força.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à Presidência da República em 2018, Fernando Haddad subiu ao palanque e afirmou que os pobres que votaram em Bolsonaro já “estão desistindo desse governo” e que o bolsonarismo “está levando à frente a agenda econômica de Temer, com corte de direitos sociais, corte de direito trabalhista e corte de direitos previdenciários”. Haddad ironizou: “Não era só tirar a Dilma? Cadê o emprego e a renda? Só no mês passado perdemos 43 mil postos de trabalho com carteira assinada”, disse o ex-prefeito.

Sobre Lula, Haddad afirmou: “Nós queremos que o brasileiro tenha um livro numa mão e uma carteira de trabalho assinada na outra. É um governo antipopular. Não posso deixar de lembrar de Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de um ano. Queremos que Lula esteja entre nós lutando pelos direitos neste país”.

As centrais sindicais confirmaram o indicativo de greve geral para o dia 14 de junho, contra os retrocessos do governo Jair Bolsonaro, por emprego, aposentadoria e “Lula Livre”.

Guilherme Boulos, ex-candidato a presidente pelo PSOL, também esteve presente e afirmou que “aqui começa a luta que vai barrar a reforma da Previdência no dia 14 de junho o Brasil vai parar contra esse projeto que quer destruir a previdência pública. Eles não querem enfrentar privilégios, isso é mentira. Eles estão atacando direitos”, disse. “Vai ter resistência contra o desmonte da Previdência!”, completou Boulos.

Acompanhe, ao vivo, a transmissão da TVT da maior festa do 1º de maio, Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras, no Vale do Anhangabaú, com o ato unificado entre as centrais sindicais e movimentos sociais.

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