Bolsonaro visitaria nesta quarta-feira (27) a Universidade Mackenzie em São Paulo. Após protestos dos estudantes, o setor de inteligência do Planalto orientou o presidente a mudar agenda por detectar “clima de animosidade”.
O presidente Jair Bolsonaro cancelou visita à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, nesta quarta-feira (27). Segundo o setor de inteligência da Presidência, Bolsonaro foi aconselhado a suspender a visita já que havia informação sobre um protesto no local.
Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade organizou o ato “Sou Mackenzista e não comemoro o golpe de 64!” para recepcionar Bolsonaro na universidade.
Em vídeos publicados nas redes sociais, alunos chamam Bolsonaro de “fascista” e gritam “ditadura nunca mais”, além de usarem adesivos e portarem cartazes com “Ele não” e “estudantes contra Bolsonaro”. A universidade reforçou a segurança com grades e mais vigias.
A informação sobre a visita de Bolsonaro ao Mackenzie foi dada na segunda-feira (25) pelo porta-voz Otávio do Rêgo Barros. O presidente também havia mencionado a visita em publicação em rede social na semana passada.
“Nos próximos dias estaremos na Universidade Mackenzie – SP, referência na pesquisa de grafeno no Brasil, juntamente com o Ministro de Ciência e Tecnologia”, disse Bolsonaro.
O cancelamento da visita foi informado em comunicado interno do Mackenzie, assinado pelo chefe de gabinete da reitoria, professor Wilson do Amaral Filho. No texto, Amaral afirma que a visita foi “cancelada pela Presidência da República”.
A Presidência transferiu a agenda para o Comando Militar do Sudeste. Bolsonaro e o governador de São Paulo João Doria visitarão juntos o Comando Militar do Sudeste, na zona sul da capital paulista.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Bolsonaro também deve passar por nova avaliação médica no Hospital Albert Einstein.
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