Brasil

Partidos de esquerda se unem contra Bolsonaro e por Lula Livre

É “urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico”, afirma o manifesto que pede a libertação de Lula. O grupo também faz a defesa da soberania nacional e considera que “por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos”.

Os líderes de esquerda Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) participaram de uma reunião nesta terça-feira (26), em Brasília, com o objetivo de unir a esquerda em oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

A vice de Boulos na eleição, Sônia Guajajara, o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB) e o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) também estavam no ato e assinam manifesto que pede a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em seu Twitter a ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou que partidos de esquerda se uniram para definirem “propostas comuns contra Bolsonaro e em defesa do Brasil”.


O PDT de Ciro Gomes não participou.

Veja a nota da reunião:

Haddad, Boulos e Dino lançam nota à imprensa  

 Ex-candidatos e o governador do MA assinam comunicado com ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho e Sonia Guajajara sobre retrocessos do governo de Jair Bolsonaro. 

Reunidos nesta manhã (26) em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos para reflexão de toda a sociedade:

Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres.Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.Em face da absurda decisão do Governo Bolsonaro de “comemorar” o GolpeMilitar de 1964, no próximo dia 31 de março, manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática.

Nesse contexto, é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.

Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil.

Fernando Haddad Ex-candidato a presidente da República

Guilherme Boulos Ex-candidato a presidente da República

Flávio Dino Governador do Maranhão

Sonia Guajajajra Ex-candidata a vice-presidente da República

Ricardo Coutinho Ex-governador da Paraíba

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