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Suspeito de matar Marielle é vizinho de Bolsonaro

Nesta terça (12), operação da Polícia Civil prendeu o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz (à esq.), 46, e o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48. Os dois são suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Lessa mora no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Nesta terça (12), uma grande operação da Polícia Civil prendeu o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-PM, Élcio Vieira de Queiroz, 46.  Segundo denúncia do Ministério Público, Lessa é apontado como um dos que dispararam a arma que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. Já Queiroz estaria no carro de Lessa quando os tiros foram disparados. Lessa foi preso em casa. Ele mora no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Em seu Twitter, o deputado Paulo Pimenta escreveu: “Todo o aparato de inteligência dos militares, do GSI, de Sérgio Moro e dos hackers do Carlucho foi incapaz de identificar que o presidente morava ao lado de um assassino frio? Ninguém detectou o risco gravíssimo que o presidente e sua família passaram? Tem que demitir geral!”. 

“Na manhã desta terça-feira, os investigadores foram à casa de Lessa, no condomínio de Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, por coincidência, o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL)”, publicou o jornal O Globo nesta terça (12). O jornal ressalta que é apenas uma coincidência o fato do suspeito ser vizinho do presidente Bolsonaro.

Há também mais uma extensa lista de coincidências que liga a família Bolsonaro aos milicianos.

Os dois principais alvos da Operação Intocáveis , o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, foram homenageados, em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio por indicação do deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Em 2007, Flávio Bolsonaro votou contra a CPI das milícias e se declarou favorável à legalização das milícias.

A mãe e a mulher de um dos denunciados em operação contra milicianos trabalharam no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A Anistia Internacional, entidade que luta pela defesa dos direitos humanos, reiterou às autoridades brasileiras a necessidade de se criar um grupo externo e independente de especialistas para acompanhar as investigações e o processo. “As investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à Justiça”, disse em nota. A entidade cobra o nome de mandante da morte de Marielle.

Jair Bolsonaro abraçado a Élcio Vieira de Queiroz, acusado de matar Marielle.

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