Brasil

O que esconde essa patriotada de quem entrega o país?

Em sua videocoluna o pastor Ariovaldo Ramos canta o hino nacional, registra em vídeo e envia para o Nocaute com a seguinte pergunta: “O que há ou haverá nos bastidores desse regime, enquanto nossas crianças e adolescente estiverem sendo escoltados para essa ilusão de patriotismo?”

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante

Retumbante… Ou será angustiante, ou angustiado?

De qualquer maneira, por favor, digam ao ministro que eu estou começando minha coluna, no Nocaute, cantando o hino nacional. E já vai com o vídeo, que, para as crianças, o ECA não deixa.

Isso me lembra a minha adolescência na escola pública, nas décadas de 60 e 70.

Como escreveu Casimiro de Abreu:

Oh! que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Só que não…

Aliás, de verdade, os anos não deveriam tê-la trazido de volta…

E como era a saudação mesmo?

Acho que era erguer o braço como os nazistas… não! A gente fazia isso para determinar a distância do colega da frente, antes de ouvir a ordem: sentido!

Para além do hino nacional, havia outros, como, o do exército. Na minha escola se dava ênfase ao refrão:

Bandeira do Brasil

Ninguém te manchará

Ninguém, além de um governo que faz a gente corar de vergonha alheia!
E enquanto a gente fazia isso, nos bastidores do regime, os heróis do presidente enfiavam ratos na vagina das mulheres, torturavam e matavam…

Essa é a grande questão: o que há ou haverá nos bastidores desse regime, enquanto nossas crianças e adolescente estiverem sendo escoltados para essa ilusão de patriotismo?

O que pretende disfarçar um regime que cogita entrar em guerra só porque os assassinos do Norte o querem?

Um regime que censura o censo porque não tem interesse em saber sobre o Brasil profundo? Como noticiado: o Paulo Guedes foi ao IBGE e pediu a redução do questionário do Censo: “Se perguntar demais, você vai acabar descobrindo coisas que nem queria saber”.

Um regime que, em relação à Previdência, diz que para o país crescer é preciso uma reforma que anule o passado, ridicularize o presente e arruine o futuro do trabalhador!

Por detrás dessa patriotada promovida por quem entrega o país, sempre há o que a gente precisa saber para reagir !

Nosso luto vem do verbo lutar!

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