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Bolsonaro volta atrás e decide entregar Embraer à Boeing

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo federal não vai se opor ao acordo de fusão entre as empresas Embraer e Boeing. Bolsonaro se reuniu com ministros e comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, o acordo entre as duas empresas não fere a soberania nacional e os interesses do país.

“Reunião com representantes dos Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Economia sobre as tratativas entre Embraer (privatizada em 1994) e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo”, disse o Bolsonaro no Twitter.

Na última sexta-feira (4), Bolsonaro havia afirmado ter preocupação com a última proposta de fusão entre a Embraer e a Boeing e falou em proteção do patrimônio nacional.

“Seria muito boa essa fusão, mas não podemos… Como está na última proposta, daqui a cinco anos tudo pode ser repassado para o outro lado. A preocupação nossa é essa. É um patrimônio nosso, sabemos da necessidade dessa fusão, até para que ela (Embraer) consiga competitividade e não venha a se perder com o tempo”, afirmou o presidente após cerimônia no comando da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília.

O governo brasileiro detém a chamada “ação de ouro” (ou “golden share”, como é conhecida), que dá poder de veto a esse tipo de negociação. Após reunião com ministros, Bolsonaro voltou atrás e disse que a proposta de fusão das duas empresas “preserva a soberania e os interesses nacionais”.

A Embraer aceitou vender 80 por cento de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, para a Boeing. Um dispositivo do acordo permite que a Embraer possa mais adiante vender os 20 por cento restantes da parceria à Boeing.

“O Presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto [Golden Share] ao negócio”, informou a Presidência da República, em nota.

Com Agência Brasil* 

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