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Um espectro ronda o novo governo. Seu nome é Eduardo Cunha, presidiário.

Eduardo Cunha indicou os advogados Felipe Cascaes Bresciani e Erick Biill Vidigal para tratar de assuntos jurídicos na Casa Civil, ambos foram mantidos no cargo e estão tendo atuação destacada no governo Jair Bolsonaro (PSL).

Reportagem de Vinicius Sassine e Eduardo Bresciani, publicada no site do jornal O Globo desta quinta-feira (10), revela que Onyx Lorenzoni (DEM/RS) manteve em subchefias da Casa Civil dois indicados do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. O ex-deputado foi um dos principais arquitetos do golpe que destituiu a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Cunha foi cassado e está preso em Curitiba desde outubro de 2016 por decisão do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.

No segundo dia de governo, Onyx anunciou a exoneração de 320 servidores em cargos de confiança e em funções com gratificações na Casa Civil, o que ele chamou de “despetização” da máquina pública.

Cascaes foi nomeado ao cargo em 17 de maio de 2016, cinco dias depois do afastamento provisório de Dilma e da ascensão de Temer à Presidência. Vidigal ganhou o cargo no dia seguinte. O advogado foi o responsável final por um parecer do governo a respeito do indulto a presos, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo próprio presidente na última terça-feira.

Segundo a reportagem, desde a mudança do governo, Cascaes já participou de reuniões com ministros e com Bolsonaro para discutir assuntos como o Estatuto do Desarmamento.

Ao ser procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Casa Civil não respondeu aos questionamentos sobre a posição do ministro e dos dois subchefes indicados por Eduardo Cunha que continuam na função.

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