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Milicianos pretendiam matar Freixo neste fim de semana

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um plano para matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), eleito em outubro deputado federal. A informação sobre a possibilidade de assassinato do parlamentar, cuja trajetória política é marcada pelo combate às milícias, foi recebida pelo Disque Denúncia e transmitida às autoridades.

O coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges disse, com base nos dados coletados, que Freixo seria morto por três homens, no fim de semana, em um compromisso político, na zona oeste do Rio. Além da Polícia Civil, também foi acionado o setor de inteligência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Em sua conta no Twitter, Freixo cobrou investigações sobre a atuação das milícias no estado, lembrando que o tema foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida por ele, há dez anos.

“No mês em que a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito.”

Freixo foi eleito deputado federal e a partir de fevereiro vai trabalhar na Câmara dos Deputados, em Brasília. No Rio, o parlamentar mantém escolta policial 24 horas por dia, desde que presidiu a CPI das Milícias. A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada há nove meses, foi auxiliar de Freixo na CPI das Milícias.

Marielle Franco 

Nove meses após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, agentes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriram nesta sexta-feira (14) mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do vereador Marcelo Siciliano (PHS). A ação tem relação direta com as investigações sobre a morte da parlamentar.

Na casa de Siciliano, os policiais apreenderam um tablet, um notebook e documentos. O vereador não estava no local. Já no gabinete de Siciliano, na Câmara dos Vereadores da capital, os agentes apreenderam um computador.

Os mandados de busca e apreensão que envolvem Siciliano acontecem no dia seguinte a uma série de cumprimentos de mandados judiciais contra suspeitos do assassinato da vereadora. No total, foram autorizados 15 mandados de prisão, busca e intimidação em Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Petrópolis e Juiz de fora (MG).

Em maio, Siciliano foi citado por uma testemunha durante depoimento para a Polícia Civil e Polícia Federal -um ex-miliciano delatou que Siciliano, junto do ex-policial militar Orlando de Araújo, o Orlando Curicica, planejou a morte de Marielle.

Com UOL e Agência Brasil 

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