A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal começou a julgar nesta terça-feira (4) um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Lula. Fazem parte do colegiado o relator do pedido, Edson Fachin, e os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia, e o presidente da turma, Ricardo Lewandowski.
O ministro Gilmar Mendes pediu vista e interrompeu o julgamento. Antes disso Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato, e Cármen Lúcia votaram contra o habeas corpus para Lula e contra a anulação dos processos relacionados ao ex-presidente nos quais Sergio Moro atuou como juiz federal.
Ainda faltam os votos dos ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
A 2ª Turma do STF também negou por 3 votos a 2 o pedido preliminar da defesa do ex-presidente Lula para que o julgamento fosse adiado.
No habeas corpus, os advogados de Lula argumentam que a indicação do ex- juiz federal Sergio Moro para o governo de Jair Bolsonaro demonstra parcialidade do ex-magistrado e também que ele agiu “politicamente”. Moro irá assumir o Ministério da Justiça em janeiro. Ele era o responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba. A juíza Gabriela Hardt assumiu a função.
A defesa de Lula quer que seja reconhecida a suspeição de Moro para julgar processos contra o ex-presidente e que sejam considerados nulos todos os atos processuais que resultaram na condenação no caso do triplex de Guarujá (SP).
O julgamento não será transmitido ao vivo mas a sessão é aberta para o público e a imprensa. Segundo a assessoria do STF, apenas sessões no plenário são transmitidas.
Com Agência Brasil
