Na noite desta quinta-feira os primeiros médicos cubanos que faziam parte do programa Mais Médicos retornaram a Cuba. Os 166 médicos que estavam no Brasil apoiaram a decisão do governo cubano em deixar o programa e criticaram Jair Bolsonaro e o colegiado médico brasileiro.
Leia os depoimentos
Dr. José Angel Véliz: Gostaria de dizer ao povo de Cuba, à direção do partido, ao governo, ao nosso Ministério da Saúde que nós ratificamos essa decisão de não seguir participando do programa Mais Médicos no Brasil devido às manifestações deste lacaio do império, o novo presidente eleito do Brasil, que não tem conhecimento e preparação para ser o presidente desse país e também porque para ele não interessa a saúde do povo brasileiro.
Dra. Leidis Caballero: Me senti muito acolhida. Vou sentir saudade mas estou muito feliz de voltar para casa. Os brasileiros foram uma família durante o tempo que estive lá mas não há nada como a família cubana.
Dra. Doraida Aldana: Eles dizem que nós somos humanos, que nós fomos os únicos que tocamos neles, que fizemos exames físicos com eles. Lá eles estão acostumados a ter um posto de saúde, e de lá diagnosticam o paciente sem sequer tocá-lo.
Vice-ministra do Ministério da Saúde Pública, a doutora Regla Ângulo: Durante os últimos cinco anos vi esses médicos sendo preparados, pude compartir com eles o treinamento, estar nas aulas de preparação para o idioma, da geografia do Brasil, das características e das condições de saúde do povo brasileiro.
Eu acredito que é importante nossa saída do programa, mas é preciso reconhecer a maneira que o povo brasileiro sempre tratou os nossos médicos, profissionais e colaboradores.
Eu acredito que a impressão que ficou no povo brasileiro, principalmente nos mais pobres, foi a profissionalidade de nossos médicos.
Quero parabenizar todos os médicos. Os que chegaram, os que estão chegando. Parabenizá-los em nome do Ministério de Saúde Pública, de nossas organizações, de nosso partido, de nosso governo e do povo cubano, que afinal são suas famílias
