A Fundação João Pinheiro, instituição de pesquisa e ensino vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, suspendeu as aulas e acionou o Ministério Público, nessa terça-feira (30), após a publicação de um vídeo em que o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) aparece criticando oito professores da escola.
No vídeo, Bolsonaro afirma que os educadores estariam defendendo regimes como o da Coreia do Norte e de Cuba. Bolsonaro também fala para que os professores parem de se enganar e termina dizendo “Eu acredito na recuperação de vocês”. O vídeo teria sido gravado em 2016 e postado nesta segunda-feira (29).
Em nota, a diretoria da Fundação João Pinheiro repudia o teor do vídeo, alegando que o então candidato agiu de “maneira não condizente com os valores civilizatórios e com o estado democrático de direito vigente no país”.
“A Fundação João Pinheiro não pode aceitar que manifestações de intransigência se voltem contra os seus servidores de maneira desrespeitosa à liberdade de expressão garantida pela Constituição cidadã de 1988”, diz trecho da nota.
O Diretório Acadêmico da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro também se manifestou a favor dos professores. “Nós, alunos, não reconhecemos nenhum tipo de doutrinação ou imposição de pensamento por parte do corpo docente da Fundação João Pinheiro”, diz a nota.
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