Brasil

Requião: “Não se combate violência com culto à violência e idolatria às armas”.

O senador Roberto Requião alerta: “A pátria está em perigo. Não apenas pelas ameaças ao sistema democrático. Mais do que isso. Conspira-se contra a nossa própria existência como nação soberana. E anuncia-se a liquidação do pouco que restou do estado social”.

Falo agora como presidente da Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional Brasileiro  em Defesa da Nossa Soberania.

Irmãos e irmãs, a pátria está em perigo.

Não apenas pelas ameaças ao sistema democrático. Mais do que isso. Conspira-se contra a nossa própria existência como nação soberana. E anuncia-se a liquidação do pouco que restou do estado social.

Ao mesmo tempo, a harmonia, a paz, a convivência, o respeito ao diverso e ao contraditório estão sob risco. Não se tratam de suposições, ilações. Está tudo por escrito. A palavra foi dada e reafirmada. É a advertência que nós senadores e deputados da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional fazemos ao país. Não há condições mínimas para o desenvolvimento brasileiro abrindo-se mão da Petrobras, da Eletrobras, do domínio sobre o nosso mar territorial, sobre as terras, sobre os recursos hídricos e florestais. Não se desenvolveu um país sem a expansão e a proteção do mercado interno. Expande-se e protege-se o mercado interno, com produção, com empregos, com salários e com direitos trabalhistas.

Não se desenvolve o país sem o apoio e a defesa do nosso capital produtivo nacional, não se avança em Ciência e Tecnologia nacionais. Não há crescimento sem um sistema de crédito público que financie generosamente quem queira produzir, criar empregos, gerar riquezas.

Não se combate a violência com culto à violência, idolatria às armas, sanção aos preconceitos raciais e de classes, desrespeito às diferenças. Jamais quebraremos as amarras do atraso e da pobreza subjugando o país aos interesses imperiais. Alinhando-nos política, ideológica e economicamente às conveniências da globalização financeira.

Mas é o que defende o candidato que ganhou o primeiro turno dessas eleições.

A soberania nacional, a autonomia irrestrita em relação às nações, empresas, negócios e instituições estrangeiras, a posse e domínio completo do nosso território é a primeira condição para que se construa uma nação independente, forte, próspera, uma nação solidária. Mas não é o que pensa e prega o candidato que venceu o primeiro turno.

Da parte desse candidato não haverá surpresas. Tudo que ele pretende fazer já detalhou. Já escolheu nosso lugar no mundo: um lugar subalterno, produtor de commodities, fornecedor de mão de obra semi-escravizada para a exploração nacional e dos brasileiros.

Brasileiros está na ponta de nossos dedos dizer não a recolonização do Brasil. Sim, do Brasil. Está na ponta dos nossos dedos na urna no dia 28 dizer não à candidatura de Bolsonaro.  

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