Em sua videocoluna, Haroldo Lima diz que Haddad e Manuela devem focar suas energias em ampliar a frente democrática com outras lideranças, como o Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Marina Silva. Além de trazer para a direção da frente líderes como Ciro Gomes e Guilherme Boulos.
Amigos do Nocaute;
Ontem, o recém eleito governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, em entrevista à BBC, disse que os nordestinos reelegeram seus governadores porque sabiam que com eles poderiam melhorar de vida.
Disse ainda, que o brasileiro, principalmente a turma mais pobre, votou em Bolsonaro pensando que com ele poderiam melhorar de vida. E é aí que está o grave engano.
Bolsonaro, como disse Flávio Dino, é um Temer piorado e que está conseguindo ludibriar nosso povo. A campanha do Haddad e Manuela, nesse segundo turno, deve desfazer essa enganação que tanto prejuízo pode trazer a todos nós.
Para desmistificar essa enganação o melhor é com as próprias palavras do Bolsonaro.
As mulheres, podem melhorar de vida, com um candidato que diz que não empregaria, homens e mulheres com o mesmo salário?
E os negros? Podem esperar o que de um candidato que diz que, se um filho seu, namorasse uma negra seria uma promiscuidade.
E os trabalhadores? O que podem esperar de um candidato que votou pela reforma trabalhista de Temer – que arrebentou com os trabalhadores – e diz que vai criar uma carteira de trabalho verde e amarela que acabará com a carteira de trabalho azul que tem as garantias da CLT.
E a ameaça do general vice de acabar com o 13º sálario. O capitão Bolsonaro desautorizou essa opinião, só que o general vice não aceita ser enquadrado por insubordinado e já disse que é vice mas tem ideias.
Que ideia prevalecerá?
E o que dizer de um candidato que é a favor da tortura e que acha que a ditadura errou porque não matou uns 30mil?
E como valorizar a honestidade se o candidato a presidente disse: “eu sonego tudo o que for possível”.
A frente dirigida por Haddad e Manuela deve mostrar a população que ela votou enganada. Que a figura que hoje quer ser presidente, quando era deputado, deu uma entrevista em que o jornalista Jair Marchesini lhe perguntou: “se você fosse hoje o presidente da república, você fecharia o congresso nacional?” e a resposta: “não há a menor dúvida, daria golpe no mesmo dia. Através do voto não vai se mudar nada nesse país”.
Temos que trazer para a direção da frente líderes como Ciro, Boulos e outros.
Aliás, vi aqui no Nocaute seu editor, Fernando Morais, dizer que se fosse o Haddad convidaria o Ciro para ser o ministro da fazenda de seu futuro governo. Tenho o mesmo ponto de vista de Fernando.
Temos que ampliar a frente com outros líderes como o Fernando Henrique Cardoso, Alckmin, Marina Silva.
Temos que mobilizar e incorporar setores importantes da população, gente de expressão no meio dos trabalhadores, no meio dos empresários, dos intelectuais, religiosos, militares e com destaque no meio estudantil, de tão grandes tradições.
Obrigado.
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